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Por que o Brasil é uma das áreas de foco da Equinor

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Por que o Brasil é uma das áreas de foco da Equinor

A norueguesa Equinor está avançando com seus investimentos no setor energético do Brasil.

Os projetos da companhia não incluem apenas petróleo e gás natural, sua principal área de atuação no país, mas também energias renováveis, como solar e eólica.

“O amplo potencial dos recursos energéticos torna o Brasil uma das principais áreas da empresa em renováveis e um dos países onde a Equinor tem ativamente buscado oportunidades nesse sentido”, disse Veronica Coelho, presidente da Equinor Brasil, em bate-papo com a BNamericas.

Na última quinta-feira (20), a empresa anunciou sua decisão final de investimento no complexo solar Serra da Babilônia (SdB), de 140 MWp.

O projeto será desenvolvido na Bahia, na área do Serra da Babilônia I, complexo de parques eólicos terrestres já operados pela Rio Energy.

A Rio Energy, empresa brasileira de energia renovável onshore, foi adquirida pela Equinor em 2023 para ser sua plataforma de crescimento no setor de energia renovável onshore do país.

O modelo híbrido permite a produção complementar de energia eólica e solar. O complexo solar SdB utilizará o sistema de interconexão existente e não exigirá capacidade adicional da rede. Ele injetará energia na rede quando os projetos eólicos não estiverem utilizando sua capacidade, otimizando a produção total de energia.

A construção do complexo SdB está prevista para começar em setembro de 2024 e a operação comercial deve começar no final de 2025.

O portfólio renovável local da Equinor inclui o complexo Apodi, no estado do Ceará, já em operação, que tem 162 MW de capacidade e no qual Scatec (43,5%) e ApodiPar (13%) são sócias.

Em março de 2024, a Equinor iniciou as operações do complexo Mendubim, uma instalação de 531 MW no estado do Rio Grande do Norte. Trata-se de uma joint venture com Scatec (30%), Hydro Rein (30%) e Alunorte (10%).

Por meio da Rio Energy, a Equinor tem um pipeline de mais de 1,5 GW de projetos solares e eólicos onshore a serem desenvolvidos.

A multinacional norueguesa também tem projetos eólicos offshore sendo avaliados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

ÓLEO E GÁS

Os principais projetos de óleo e gás da Equinor no Brasil são Bacalhau e Raia (antigo Pão de Açúcar, no bloco BM-C-33), que têm início de produção previsto para 2025 e 2028, respectivamente.

Juntos, estima-se que os projetos criarão 100.000 empregos locais, diretos e indiretos, ao longo de todo o seu ciclo de vida útil. As iniciativas exigiriam um investimento total de US$ 17 bilhões.

Em Bacalhau, a Equinor está atualmente conduzindo uma campanha de instalação marítima e perfuração, disse Coelho.

Ela destacou que o FPSO do campo será o primeiro no Brasil a usar tecnologia de turbina a gás de ciclo combinado, reduzindo as emissões de carbono em aproximadamente 110.000 toneladas/ano e cerca de 3 milhões de toneladas durante toda a vida do projeto.

“Isso significa que, com essa tecnologia, o campo emitirá menos de 25% do carbono que emitiria sem ela, com uma taxa de emissão de menos de 9 kg de CO2 por barril de óleo equivalente produzido”, afirmou a executiva.

Enquanto isso, em Raia, a empresa cortou as primeiras chapas de aço que serão usadas no FPSO de Brasfels, em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. O estaleiro entregará três módulos topside da unidade de produção.

Em Pindamonhangaba, São Paulo, a Equinor está fabricando os tubos para o gasoduto de escoamento de gás Raia. Cerca de 20.000 toneladas de aço já foram entregues para o projeto.

“Usaremos cadeia de suprimentos majoritariamente local, com mais de 90% do aço sendo produzido por empresas brasileiras para a produção e revestimento dos tubos para o gasoduto de 200 km, que conectará o navio-plataforma receptor de gás, FPSO Raia, à unidade receptora de gás, em Cabiúnas, na cidade de Macaé”, destacou Coelho.

O FPSO Raia, que também contará com tecnologia de turbina de ciclo combinado, terá emissões ainda mais baixas que Bacalhau.

“Estimamos que, uma vez operacional, Raia emitirá menos de 6 kg de CO2 por barril de óleo equivalente”, completou Coelho.

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