Por que prejuízo da Petrobras não preocupa analistas
O prejuízo de R$ 2,6 bilhões da Petrobras no segundo trimestre de 2024 surpreendeu, mas não preocupa analistas ouvidos pela BNamericas.
Tampouco se acredita em uma retração dos investimentos da estatal nos próximos anos, apesar da revisão para baixo do capex projetado para 2024.
O resultado negativo no segundo trimestre de 2024 foi provocado por fatores não recorrentes, como a provisão de benefícios para os funcionários da estatal, variação cambial e um acordo tributário com o governo federal.
Não fossem essas questões, a Petrobras teria registrado lucro de R$ 28 bilhões, de acordo com João Abdouni, analista da Levante Inside Corp.
“Foi um resultado neutro, com uma série de provisões que dificultam um pouco o entendimento do investidor. São fatores que envolvem decisões do passado da empresa ou projeções de dispêndios futuros,” disse ele à BNamericas.
Abdouni destacou que a Petrobras gerou, no trimestre, fluxo de caixa livre de R$ 32 bilhões e que a empresa vai pagar mais de R$ 13 bilhões em dividendos.
Para Sidney Lima, analista da Ouro Preto Investimentos, o resultado foi aceitável, tendo em vista os fatores não recorrentes
“A perspectiva para os próximos trimestres vai depender da estabilização desses impactos, com um possível retorno à lucratividade, dado o desempenho operacional consistente da empresa,” afirmou à BNamericas.
Lima também pontuou que a redução do capex previsto para 2024 reflete uma reavaliação estratégica.
“Embora a Petrobras tenha revisado para baixo seus investimentos, não acredito em uma retração significativa nos próximos anos, mas uma maior seletividade em projetos.”
Mahatma dos Santos, diretor técnico do Instituto Nacional de Estudos Estratégicos de Petróleo (Ineep), acredita que a Petrobras seguirá com forte geração de caixa nos próximos trimestres, produzindo resultados positivos, e que a redução do capex não deve ser uma tendência para o quinquênio.
“Esta redução reflete processos de tomada de decisão e incertezas em torno de quais novas fronteiras exploratórias a Petrobras deve alcançar,” comentou Santos à BNamericas.
Em coletiva de imprensa na última sexta-feira (9 de agosto), a CEO da Petrobras, Magda Chambriard, assegurou que os lucros voltarão nos próximos trimestres e o segmento de exploração e produção de petróleo seguirá como prioridade da empresa. Ela disse ainda que a Petrobras continuará investindo no incremento da oferta de gás ao mercado e no aumento de produção de suas refinarias.
“Investiremos em fertilizantes e petroquímica como forma de ampliar nosso mercado de gás e aproveitar as sinergias com nossas refinarias,” declarou Chambriard.
A executiva afirmou que a retomada do controle da refinaria de Mataripe, na Bahia, não é uma prioridade da empresa.
“É um negócio proposto à Petrobras como outro qualquer,” disse.
O diretor de logística, comercialização e mercados da estatal, Claudio Schlosser, negou que o prejuízo da Petrobras tenha resultado de eventual demora em reajustar o preço dos combustíveis. Ele lembrou que, após um longo período de estabilidade, a Petrobras fez, em 9 de julho, um reajuste nos preços da gasolina, diesel e GLP para as distribuidoras.
“Nossa estratégia busca não transferir a volatilidade externa para o mercado interno”, afirmou durante a coletiva de imprensa.
Schlosser assinalou que, no caso do diesel, há forte concorrência do combustível russo, que chega com preços bastante inferiores ao diesel de outras origens.
“E isto não pode ser ignorado. Estamos dentro dos parâmetros de nossa estratégia comercial,” acrescentou.
Chambriard complementou a fala de Schlosser, ressaltando que, nos últimos meses, houve uma ligeira perda de market share da Petrobras.
“E é isto que mostra que estamos absolutamente certos na nossa estratégia de preços. Aumentar o preço agora seria abrir mão do market share, o que está longe da nossa intenção,” concluiu a CEO.
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