Promessas de energia limpa da COP29 podem impulsionar mineração de urânio na América Latina
Na recente Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas (COP29), encerrada no último dia 22, 31 nações se comprometeram, como parte da transição para energia limpa, a triplicar a capacidade nuclear global até 2050, o que poderia levar a um grande impulso na demanda de urânio e beneficiar o setor latino-americano de mineração.
Existem atualmente 65 reatores nucleares em construção em 16 países, com 90 planejados para entrar em operação dentro de 15 anos, além de 300 propostos, de acordo com a Associação Nuclear Mundial (WNA).
Como a Rússia proibiu as exportações de urânio enriquecido para os EUA e Washington, por sua vez, limitou – mas não vetou – as importações de urânio russo, é esperada escassez de oferta e as perspectivas de preços são promissoras.
O preço médio da libra pode passar de cerca de US$ 85 para uma faixa de US$ 90 a US$ 138 entre 2025 e 2028, de acordo com análises do Bank of America e RBC Capital Markets.
A Argentina está construindo um reator de 29 MWe, planeja outro de 1.150 MWe, e tem proposta para um terceiro, de 750 MWe.
Já o Brasil está construindo uma usina de 1.405 MWe e propondo outras oito de 8.000 MWe, mas não tem nenhuma em fase de planejamento, segundo a WNA.
MINERAÇÃO DE URÂNIO
Localizado no Ceará, o projeto Santa Quitéria, da INB, está passando por avaliação ambiental, com estimativa de início de construção em 2025 e operação em 2028. A previsão é que sejam produzidas 2.300 t/a (toneladas por ano) de urânio.
Na região de Puno, no Peru, a iniciativa Macusani Plateau, das empresas Macusani Yellowcake e American Lithium, aguarda licenças ambientais. O plano é produzir 2.700 t/a de urânio, segundo dados da BNamericas.
Na Argentina, a Blue Sky Uranium possui cinco projetos em fase inicial de exploração: Corcovo, na província de Mendoza, Chihuidos, em Neuquén, além de Tierras Coloradas, Sierra Colonia (inclui vanádio) e Cerro Parva, na província de Chubut.
Além disso, há Ivana, em Río Negro, onde estão sendo preparados novos alvos de perfuração e um estudo de viabilidade que será financiado por uma joint venture entre a argentina Coam e a Minera Cielo Azul – uma subsidiária da Blue Sky. O depósito de urânio-vanádio de Ivana poderia produzir uma média anual de 1,5 milhão de libras de óxido de urânio ao longo de 11 anos, de acordo com um estudo econômico preliminar.
Ainda na Argentina, há também interesse em reativar antigas minas como Sierra Pintada, que desde 2019 está em remediação em Mendoza, após ter sido explorada para abastecer as usinas nucleares do país até o final da década de 1990, conforme explicou à BNamericas Edwards Gajardo, proprietário da mídia local Mendoza Minera.
Situação semelhante ocorre com a jazida Huemul, “recentemente assumida pelo empresário [Eduardo] Eurekian”, acrescentou Gajardo, referindo-se ao presidente da Corporación América, proprietária da Coam.
Huemul foi a primeira mina produtora de urânio na Argentina.
O Chile não possui usinas nucleares nem programa de energia atômica, mas mantém dois reatores nucleares habilitados para fins de pesquisa.
“Apesar de ser um país minerador de classe mundial, estamos atrasados em questões como a extração de cobalto, rênio e urânio. Temos urânio na geologia nacional e uma lei que indica a Comissão Chilena de Energia Nuclear como primeiro comprador. Não se trata de enriquecer urânio, mas poderíamos vender o óxido ou o mineral para outros países”, afirmou Matías Palmer, CEO da Compañía Minera del Sur, à BNamericas.
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