Raio-x de quatro projetos ferroviários importantes na Colômbia

A Colômbia planeja conceder projetos ferroviários no valor de 30 trilhões de pesos (US$ 6,4 bi) durante este mandato do governo federal, que termina em agosto de 2026, como parte dos esforços para reviver o setor.

As principais iniciativas são: Ferrovia de Antioquia, no valor de 13 bilhões de pesos; Trem do Pacífico, de 6 bilhões; e os trechos rodoviários La Dorada-Chiriguana (1,6 trilhão) e Bogotá-Belencito (1,5 trilhão de pesos), segundo dados da Agência Nacional de Infraestrutura (ANI) e do Ministério dos Transportes.

Todos eles estão em estágio avançado, disse em entrevista à BNamericas em março o presidente da ANI, William Camargo.

FERROVIA DE ANTIOQUIA

O trem que melhora a conectividade no Vale do Aburrá inclui as etapas Trem do Café, Trem do Rio e Trem Verde. O Trem do Rio inclui as etapas Aguacatala-Barbosa e Aguacatala-Caldas.

O governo colombiano financiará 70% do custo do projeto, enquanto os 30% restantes serão cobertos pelo município de Medellín, área metropolitana do Vale do Aburrá, e pela empresa Metro de Medellín.

No ano passado, foram concluídos os estudos de viabilidade do Trem Verde, realizados pela Unión Temporal Estructuración Tramo 3.

O primeiro trecho do Trem do Café está relacionado ao transporte de cargas e deve impulsionar o crescimento econômico e a produtividade, além de reduzir a poluição do ar no Vale do Aburrá.

TREM DO PACÍFICO

A primeira seção da ferrovia compreende 380 km entre Buenaventura e Zaragoza, e a segunda seção 118 km entre Zaragoza e La Felisa, 100 km ao sul de Medellín.

Ao todo, os 850 km de ferrovia deverão integrar corredores para ligar as costas do Pacífico e do Atlântico, o corredor ferroviário central, o cinturão cafeeiro e Antioquia.

No final do ano passado, a agência de desenvolvimento FDN e a ANI assinaram um contrato de 15 meses no valor de 24 bilhões de pesos para realizar estudos de pré-viabilidade. Segundo dados fornecidos pela ANI à BNamericas, a pré-viabilidade terminará no primeiro trimestre de 2024 e a viabilidade no quarto trimestre de 2025.

LA DORADA-CHIRIGUANA

Neste momento, a FDN avança na estruturação de uma parceria público-privada. A concessão será de 10 anos e deve entrar em operação até o final do primeiro semestre de 2024.

A ANI outorgará em 26 de maio o contrato de 12 meses de 76 bilhões de pesos para a manutenção do corredor. As propostas podem ser apresentadas até 5 de maio.

A agência planeja integrar a linha Santa Marta-Chiriguana à linha La Dorada-Chiriguana quando a concessão da primeira expirar em 2030, ligando os departamentos de Caldas e Cesar.

BOGOTÁ-BELENCITO

O fundo de desenvolvimento Findeter está estruturando uma parceria público-privada para o corredor de 257 quilômetros, que deve beneficiar 700 mil pessoas em 20 cidades. O prazo da concessão está sendo avaliado como parte da estruturação.

A linha ligaria Boyacá, Cundinamarca e o interior do país.