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Raio-x: os projetos de energias renováveis da AES Andes que receberam autorização ambiental

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Raio-x: os projetos de energias renováveis da AES Andes que receberam autorização ambiental

A geradora chilena AES Andes está desenvolvendo uma “parte significativa” de um portfólio de energias renováveis que chega a quase 5,4 GW, segundo informações do relatório de lucros do terceiro trimestre de 2024 da empresa.

A companhia está trabalhando para integrar 4,1 GW de nova capacidade de energia renovável entre 2019 e 2027.

A AES Andes recebeu autorização ambiental para três grandes projetos híbridos, com desembolso necessário combinado de US$ 2,26 bilhões.

PampasTipo: solar fotovoltaica, eólica e armazenamento de energia
Capex: US$ 800 milhões
Região: Antofagasta
Início estimado da construção: junho de 2025

Terra Energía RenovableTipo: Solar fotovoltaica, eólica e armazenamento de energia
Capex: US$ 750 milhões
Região: Antofagasta
Início estimado da construção: dezembro de 2025

CristalesTipo: Solar fotovoltaica e armazenamento de energia
Capex: US$ 710 milhões
Região: Antofagasta
Início estimado da construção: junho de 2025

Cristales e Pampas estão contratados, de acordo com uma apresentação para investidores feita no início do ano.

Em 2023, a AES foi informada de que seu projeto de armazenamento autônomo de energia em baterias Arenales – de 300 MW e planejado para ser construído no terreno de uma usina termelétrica na região de Antofagasta (Angamos) – não precisava passar pelo sistema de avaliação ambiental. O desembolso estimado no projeto, que terá duração de injeção de três horas, é de US$ 356 milhões.

No relatório de lucros, citando Pampas e Arenales, a AES destacou que o conselho aprovou a venda de projetos para uma subsidiária, para “facilitar o desenvolvimento e o financiamento desses projetos, fortalecer a estrutura de capital da AES Andes e contratar a produção renovável desses projetos”.

No final de setembro, a empresa tinha 3,51 GW de capacidade, distribuídos em três ativos a carvão, duas unidades hidrelétricas, cinco parques eólicos e quatro usinas solares. Em termos de baterias, 320 MW estavam em operação, enquanto outros 80 MW (duração de três horas) estavam parcialmente operacionais e 146 MW (duração de três horas) estavam em construção – correspondentes à hibridização do parque solar fotovoltaico Bolero, de 146 MW.

Outro grande projeto híbrido da AES está em fase de avaliação ambiental.

Altos del Sol
Tipo: solar fotovoltaica e armazenamento de energia
Capex: US$ 1,38 bilhão
Região: Antofagasta
Início estimado da construção: setembro de 2025

USINAS A CARVÃO

Nesse contexto, a AES Andes está trabalhando para “sair substancialmente” do segmento de geração a carvão até o final de 2025.

As opções são vendas de ativos, conversão de combustível ou desativação, “com a possibilidade de alguns ativos serem retidos até 2027 em casos excepcionais, mantendo a confiabilidade, adequação e economicidade do sistema elétrico e sujeita às aprovações necessárias”.

Em 2019, a empresa e outros geradores firmaram um acordo voluntário com o Estado para a desconexão gradual e o encerramento da operação de usinas a carvão até 2040. A Enel já saiu do segmento de geração a carvão.

A AES desconectou suas usinas de energia a carvão Ventanas I (114 MW), Ventanas II (208 MW) e Norgener (276 MW).

No final de setembro, cerca de 1,65 GW de capacidade de carvão da AES estavam em operação, correspondendo aos ativos Angamos 1 e 2, Cochrane 1 e 2 e Ventanas 3 e 4.

Mais de 1 GW de geração a carvão da AES pode parar de funcionar a partir de janeiro de 2025 se as condições da rede permitirem: Ventanas 3 (267 MW), Ventanas 4 (272 MW), Angamos 1 (277 MW) e Angamos 2 (281 MW).

A empresa ainda não divulgou a data de desativação ou conversão dos ativos a carvão restantes: as unidades Cochrane 1 e 2, que têm capacidade combinada de 550 MW.

Para Angamos, a AES Andes disse anteriormente que estava analisando um projeto de conversão de armazenamento de energia de sais fundidos de US$ 450 milhões chamado Alba.

HIDROGÊNIO VERDE

Um projeto de hidrogênio verde da AES Andes planejado para o Chile está em desenvolvimento.

A expectativa é que o projeto exija mais de 800 MW de novo fornecimento de energia limpa.

“A AES está trabalhando em estudos técnicos e ambientais para a implementação deste projeto, além de revisar as melhores opções financeiras, legais e de estrutura societária para executar este processo”, diz o relatório do terceiro trimestre.

O projeto da AES, denominado INNA e planejado para Taltal, na região de Antofagasta, é uma planta de amônia verde. A capacidade estimada do eletrolisador é de 2,3 GW e a unidade deve entrar em operação comercial em 2030.

O Chile tem cerca de 70 projetos de hidrogênio verde anunciados publicamente.

Antofagasta abriga 18 projetos, a maior parte voltada para a produção de amônia verde derivada, com planos de construir as usinas em terrenos do governo.

Dez projetos de Antofagasta precisarão desembolsar recursos para pagar pela concessão de terras do governo e pelo trabalho de estudos ambientais no ano que vem, segundo informações obtidas recentemente na conferência World Hydrogen Latin America. As iniciativas que não conseguirem o financiamento de desenvolvimento necessário podem desistir da corrida, disseram os participantes do evento.

LEIA TAMBÉM: Os 10 maiores projetos de energia em pré-construção do Chile

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