
Reforma energética no México pode aumentar os custos do sistema em mais de 50%, aponta relatório

Um novo estudo, de um laboratório de pesquisa do Departamento de Energia dos EUA, delineou os possíveis impactos de uma proposta de alteração da constituição do México para favorecer a prioridade de despacho de usinas estatais.
De acordo com a publicação “Impacts Analysis of Amendments to Mexico’s Unit Commitment and Dispatch Rules”, publicada pelo Laboratório Nacional de Energia Renovável (NREL), dos EUA, se as alterações propostas à ordem de despacho forem aprovadas, o custo total de operação do sistema elétrico nacional do México aumentaria entre 31,2% e 52,5%, o equivalente a US$ 5,6 bilhões por ano.
A diferença de custo deriva de conjuntos separados de premissas, pois o NREL modelou três cenários potenciais: o primeiro (e aquele em que os aumentos de custo são mais baixos) assume que as usinas de energia da CFE só recebem prioridade de despacho especial para sua produção mínima. O cenário mais caro, por outro lado, pressupõe que as usinas da empresa estatal têm prioridade total sobre os produtores do setor privado, o que significa que toda a energia que elas geram seria despachada primeiro, independentemente do custo.
Outros indicadores que aumentariam acentuadamente se a mudança constitucional fosse aplicada em sua interpretação mais extrema incluem o consumo geral de gás natural do sistema (+28,9%), óleo combustível (+1.109%) e carvão (+129,6%), levando a um consumo muito mais centrado em carbono no sistema elétrico. Isso porque as usinas da CFE, predominantemente térmicas e hidrelétricas, seriam acionadas até sua capacidade máxima, aumentando seu consumo.
Em consequência, as emissões globais de carbono do sistema aumentariam em 73,5 MMt (milhões de toneladas) no cenário em que a CFE gera 74,3% do total nacional, e em 29,4 MMt se a CFE gera 57% do total. A proposta constitucional estabelece que a estatal teria o direito de responder por pelo menos 56% da geração nacional, com os 44% restantes compartilhados entre produtores privados.
No entanto, de acordo com o estudo, somente sob o cenário mais rigoroso haveria redução significativa de energias renováveis não convencionais, como eólica e solar. Enquanto o cenário em que as unidades da CFE têm prioridade para sua geração mínima veria apenas um aumento de 0,8% na interrupção (ou seja, uma usina é capaz de gerar energia, mas não pode injetá-la na rede devido a outras limitações), o caso mais extremo poderia ver esse número aumentar para 90,9%. As energias renováveis não convencionais despacham primeiro na maioria dos sistemas de energia ao redor do mundo porque seu suprimento básico (vento ou sol) é gratuito.
Como a BNamericas informou anteriormente, as reformas iniciarão um período de discussão aberta no Congresso mexicano a partir da próxima semana, entre 17 de janeiro e 15 de fevereiro.
O partido do governo Morena deve garantir o apoio de dois terços dos membros presentes durante a votação nas duas casas do Congresso para aprovar uma reforma constitucional. Com uma câmara baixa cheia, a coalizão governista precisaria do apoio de 333 legisladores. O Morena, com seus aliados PT e PVEM, detém atualmente 279 assentos. No Senado, Morena e seus aliados têm 75 das 128 cadeiras.
As reformas buscam desfazer a abertura do setor elétrico mexicano em 2013. Se aprovadas como o proposto, elas expandiriam a CFE, dando-lhe prioridade no despacho sobre outras geradoras, cederiam poderes de reguladoras independentes ao ministério de energia Sener e à própria CFE, e cancelariam os contratos atuais de geração e venda de energia, abrindo a porta para uma renegociação liderada pela CFE.
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