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Scala estima US$ 50 bi para complexo de datacenter no Rio Grande do Sul

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Scala estima US$ 50 bi para complexo de datacenter no Rio Grande do Sul

A Scala Data Centers revelou planos para desenvolver um complexo que pode alcançar US$ 50 bilhões em investimentos, como parte de um campus com vários edifícios no Rio Grande do Sul, que se tornará um dos maiores do Hemisfério Sul.

Localizado na cidade de Eldorado do Sul, a oeste de Porto Alegre, o projeto completo pode alcançar investimentos de até US$ 120 bilhões ao longo de duas décadas, considerando expansões e investimentos diretos e indiretos em energia e outros setores, inclusive de outras empresas, segundo a Scala.

Inicialmente, a primeira fase do campus envolverá investimentos de R$ 3 bilhões (US$ 544 milhões) e uma capacidade de 54 MW. Esse é o valor com o qual a empresa está se comprometendo.

“Essa capacidade é quase sete vezes a soma de toda a capacidade dos datacenters em operação no Rio Grande do Sul”, afirmou o CEO Marcos Peigo durante um evento em Porto Alegre, ao lado do governador Eduardo Leite.

Espera-se que o campus tenha uma capacidade total de 4,75 GW. Para contextualizar sua escala, a capacidade instalada atual de todos os datacenters no Brasil é de apenas 700 MW.

A Scala já opera um datacenter no estado, chamado SPOAPA01.

Localizado em Porto Alegre e inaugurado em dezembro de 2023 com um investimento de R$ 240 milhões (US$ 42 milhões), o site foi o primeiro datacenter da Scala no sul do Brasil.

Com foco principal em conectividade, o SPOAPA01 possui uma capacidade de TI de 4,8 MW e ainda tem capacidade ociosa disponível para locação, conforme apurou a BNamericas.

HUB DO CONE SUL

Enquanto isso, o projeto do campus Eldorado do Sul, localizado a 32 km de Porto Alegre, se concentrará em computação de alto desempenho e IA.

A Scala não o considera um campus tradicional, mas sim uma cidade datacenter, pois o complexo está projetado para incluir instalações como acomodações, estabelecimentos comerciais, academias e estradas internas, , um conceito inédito nos projetos da empresa.

Na primeira fase, a Scala espera que o projeto gere 80 mil empregos diretos e indiretos, sendo 20 mil na construção civil.

A Scala visa priorizar fornecedores e trabalhadores locais. O estado se comprometeu a trabalhar com universidades para treinar especialistas no setor.

Do ponto de vista de dados, o objetivo da Scala com a “cidade datacenter” é criar um hub de conectividade no sul do país, aproveitando os cabos submarinos internacionais que chegam ao estado, bem como as redes de fibra terrestre existentes, para atender outros países da região.

“Tentei convencer meu conselho algumas vezes para investir na Argentina, comprar empresas lá, mas não consegui. A ideia do projeto é também para atender o Cone Sul”, disse Peigo no evento.

Embora estivesse em andamento desde o ano passado, o projeto começou a avançar oficialmente no dia 12 de março, após um telefonema entre Peigo e Leite.

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo, informou que soube no ano passado que a Scala planejava investir no Rio Grande do Sul. Leite foi notificado e pediu que o projeto recebesse total atenção.

As enchentes no estado no início deste ano levantaram preocupações sobre a possibilidade de impactos no local escolhido para o complexo de datacenter, mas ele não foi afetado.

No entanto, o datacenter da Scala em Porto Alegre, assim como os de outras empresas do setor, foram afetados e tiveram que fechar temporariamente, conforme noticiado pela BNamericas.

As operações foram totalmente restauradas após uma interrupção de 68 dias.

ENERGIA

A equipe da Scala mapeou quase 12 GW de potência nas linhas de transmissão instaladas no Brasil disponíveis para uso. No Rio Grande do Sul, em especial, essa capacidade de transmissão não utilizada seria maior.

“Há uma capacidade de transmissão subutilizada no Rio Grande do Sul”, pontuou Peigo.

Assim como em outros projetos da empresa, a Scala destaca que 100% da energia para abastecer o campus virá de fontes renováveis por meio de contrato de compra de energia (PPAs) com empresas do setor.

Os principais parceiros de energia renovável da Scala são a Engie e a AES.

“Nós postergarmos nossos investimentos no México, porque não conseguíamos acesso a energia renovável, tamanha a importância do tema para nós. Estamos agora indo para Querétaro e vamos anunciar em breve novidades para lá”, acrescentou Peigo no evento.

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