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Setor rodoviário brasileiro muda de marcha rumo à sustentabilidade

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Setor rodoviário brasileiro muda de marcha rumo à sustentabilidade

O setor rodoviário do Brasil, um dos mais dinâmicos do país em termos de novos projetos, está dando maior ênfase aos requisitos de sustentabilidade.

Essas demandas, motivadas pelo rápido aumento de eventos climáticos extremos em todo o país, agora estão incorporadas tanto nos contratos existentes quanto nos futuros.

“Hoje procuramos fornecedores que nos ajudem a avançar com o nosso ambicioso plano de investimentos para os próximos anos e uma das principais exigências que faremos a estes novos fornecedores é em relação aos aspectos de sustentabilidade, como as soluções que nos apresentarem no que diz respeito ao reaproveitamento de materiais”, disse à BNamericas Carlos Eduardo Xisto, diretor de engenharia do grupo brasileiro EPR.

A EPR, uma joint venture entre a empresa de infraestrutura Equipav e a gestora de fundos Perfin, planeja fortalecer suas relações com fornecedores enquanto navega em um robusto pipeline de projetos no setor rodoviário.

Com atuação em Minas Gerais e Paraná, a EPR administra mais de 2,3 mil km de rodovias em cinco contratos de concessão.

O grupo planeja investir R$ 31,6 bilhões (US$ 5,54 bilhões) nos próximos 30 anos em obras de duplicação, faixas adicionais, sistemas de pedágio eletrônico e serviços de atendimento ao usuário.

Ao mesmo tempo, o governo está incluindo mais cláusulas de sustentabilidade nos futuros contratos de concessão no setor.

“Não haverá no Brasil um contrato de concessão rodoviária sem a perspectiva da sustentabilidade”, assegurou Cloves Benevides, subsecretário de Sustentabilidade do Ministério dos Transportes, em nota.

“Proteger os biomas e respeitar as pessoas é parte do processo, porque a própria ação inadequada pode gerar custos futuros, como os que vivemos agora da adaptação da infraestrutura e de perdas e danos por eventos climáticos recorrentes, o que impõe desafios aos contratos e às políticas públicas”, acrescentou.

Nos últimos anos, o Brasil tem registrado um aumento significativo de eventos climáticos extremos, que afetam especialmente o setor rodoviário. As principais preocupações incluem o aumento de deslizamentos de terra em rodovias e os danos causados ao asfalto por chuvas torrenciais.

Desde que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu em janeiro de 2023, 11 concessões rodoviárias foram leiloadas, gerando investimentos de R$ 74,2 bilhões, segundo dados recentes do Ministério dos Transportes.

Até o momento, neste ano, quatro contratos de concessão de rodovias foram oferecidos, com mais três processos de licitação planejados. O ministro dos Transportes, Renan Filho, disse recentemente à BNamericas que o governo espera realizar pelo menos 10 leilões de concessão de rodovias no próximo ano.

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