Transformação digital: Chile está ‘no meio do caminho’

O processo de transformação digital do Chile está em um nível intermediário quando se trata do setor de negócios, e, segundo um especialista, várias áreas precisam avançar em curto prazo.

“O Chile tem condições de acelerar seu processo de transformação digital”, disse Raúl Ciudad, diretor da unidade da Wesley Clover Services na América do Sul, em um fórum sobre o tema realizado pela embaixada sul-coreana no Chile.

Em uma escala de 1 a 5, onde 5 representa um nível em que as empresas substituíram completamente os processos analógicos pelos digitais, as empresas chilenas estavam no nível 3 no ano passado, com empresas maiores apresentando um maior grau de adoção, apontou Ciudad.

Ele destacou avanços na adoção de redes 5G, inteligência artificial e uma lei de transformação digital que estabeleceu prazos para o setor público.

DESAFIOS

Para Ciudad, a educação é um desafio fundamental, porque a maioria das empresas do país não tem as habilidades necessárias e “uma cultura baseada em dados”.

Outro desafio é a segurança cibernética, uma questão que precisa ser abordada pelas empresas em um estágio inicial, disse ele.

O especialista também afirmou que a infraestrutura de suporte às operações digitais deve ser expandida, já que 30% da receita das empresas chilenas deve vir dessas operações este ano.

ACORDO DE LIVRE COMÉRCIO

Quando o Chile e a Coreia do Sul assinaram um acordo de livre comércio em 2003, os países perderam uma oportunidade ao não incluir um capítulo sobre a economia digital, ressaltou Seung-ho Lee, pesquisador associado do Instituto Coreano de Política Econômica Internacional, no mesmo evento.

Capítulos sobre economia digital foram incluídos em outros tratados assinados posteriormente pelo Chile, informou Lee.

Como o Chile e a Coreia do Sul estão negociando as atualizações do tratado, esse capítulo deve ser adicionado, segundo ele, acrescentando que há muitas oportunidades de cooperação em áreas como o comércio eletrônico.

“Juntos, os dois países podem liderar a discussão global sobre como as economias digitais devem funcionar e como devem ser governadas em nível internacional.”