Vibra Energia de olho no diesel verde

A brasileira Vibra Energia solicitou autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para fornecer óleo diesel B S10 com adição de diesel verde em teores entre 5% e 30% para grandes consumidores.

O óleo diesel B contém uma mistura de biodiesel (B100) dentro do nível estabelecido pela legislação – atualmente, 14%. O S10 é um diesel com 10 partes de enxofre por milhão, por isso, é menos poluente que o diesel S500 tradicional.

O diesel verde ou renovável (óleo vegetal hidrotratado, ou HVO) é produzido através da transformação de matérias-primas renováveis, como gorduras vegetais e animais, cana-de-açúcar, etanol, resíduos e outros tipos de biomassa, em um combustível de baixo carbono. Ao contrário do biodiesel, o HVO não possui oxigênio em sua molécula. É um hidrocarboneto puro e, portanto, muito mais estável.

“A Vibra, comprometida com a transição energética, vem buscando disponibilizar opções de descarbonização para seus clientes. Nesse sentido, está colocando como opções no seu portfólio tanto o diesel verde HVO quanto o diesel R5, produtos alternativos ao diesel de origem fóssil”, disse à BNamericas Marcelo Bragança, vice-presidente de operações, logística e sourcing da Vibra.

O R5 é o diesel com 5% de conteúdo renovável.

O portfólio da empresa inclui o Vibra Diesel Renovável, produzido a partir de diesel de coprocessamento fornecido pela Petrobras.

O diesel verde ainda não é produzido no Brasil e só pode ser obtido por meio de importação. A Vibra importou cargas spot de diesel renovável em determinadas ocasiões para uso sob demanda por seus clientes, contou Bragança.

Ao todo, a Vibra investiu cerca de R$ 4 bilhões (US$ 760 milhões) em seu portfólio de energias renováveis, que conta com empresas como Comerc, Zeg e EZVolt, além da Evolua Etanol, joint venture com a Copersucar.

A BR Distribuidora, antiga subsidiária da Petrobras privatizada em 2019, é a maior distribuidora de combustíveis líquidos do Brasil, com participação de mercado de 22,4%, segundo dados da ANP.