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V.tal revela plano de curto prazo para novos cabos submarinos na América Latina

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V.tal revela plano de curto prazo para novos cabos submarinos na América Latina

A V.tal, empresa brasileira de infraestrutura digital e de telecomunicações, planeja lançar cabos submarinos para novas rotas e mercados na América Latina em um futuro próximo, com o objetivo de fortalecer e complementar sua operação de conectividade internacional.

“Está no nosso roadmap planejar expansões e novos cabos em um horizonte de médio e curto prazo”, afirmou João Januário, gerente de engenharia de redes submarinas, durante um evento sobre cabos submarinos realizado na quarta-feira e organizado pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br).

“Já algum tempo olhamos com atenção novos mercados para expandir nossa malha de cabos submarinos. Temos alguns projetos avançados, que devemos divulgar ao mercado nos próximos meses”, acrescentou.

O NIC.br é uma associação sem fins lucrativos criada em 2005 pelos membros do Comitê Gestor da Internet (CGI) do Brasil para gerenciar o registro de nomes de domínio, alocação de endereços IP e outras funções.

Januário não forneceu detalhes sobre as possíveis rotas e mercados, mas disse que as decisões serão baseadas em fatores como demanda do mercado, ecossistemas de tráfego de dados local, facilidade de conexão com rotas e backbone terrestre e a presença de datacenters.

A V.tal é controlada por fundos vinculados ao banco de investimento brasileiro BTG Pactual.

Em 2022, a V.tal e a empresa de cabos submarinos GlobeNet, que também é controlada pelo BTG, concluíram a fusão de suas operações. Com isso, a GlobeNet passou a fazer parte da V.tal.

ROTAS

Atualmente, o grupo possui 26 mil km de cabos submarinos e mais de 400 mil km de fibra ótica terrestre, sendo a maior parte desta última no Brasil, herdada da operadora Oi.

Fornecido pela ASN, antiga Alcatel-Lucent Submarine Networks e recentemente comprado da Nokia pelo governo francês, o sistema de cabos submarinos em formato de anel da GlobeNet entrou em operação em 2001.

O sistema possui sete pontos de aterrissagem: no Brasil (Rio de Janeiro e Fortaleza), na Venezuela (Maiquetia), na Colômbia (Barranquilla), nos Estados Unidos (Boca Raton e Tuckerton) e nas Bermudas (St. Davis).

A V.tal tem datacenters em Fortaleza, Rio de Janeiro e Barranquilla.

A empresa está investindo R$ 250 milhões (US$ 45,2 milhões) em um novo site em Porto Alegre, o primeiro no sul do país.

A previsão é que o datacenter entre em operação até o final deste ano.

A capital do Rio Grande do Sul abriga outros datacenters, conta com boa infraestrutura terrestre, um mercado considerável e, em sua costa, diversas unidades de ramificação inativas – equipamentos em fundos marinhos para dividir cabos submarinos e criar novas rotas.

Além do sistema GlobeNet, a V.tal também possui o cabo submarino Malbec, que conecta Praia Grande/Santos, no estado de São Paulo, com Las Toninas, na Argentina.

Por meio de parcerias com os cabos Tannat e Junior, a V.tal tem redundância para o Malbec em caso de problemas na rota Praia Grande-Las Toninas (via Tannat), além de também chegar ao Rio de Janeiro, via Junior.

Além de Porto Alegre, outras rotas potenciais para novos cabos V.tal incluem Recife, onde também há unidades de ramificação, e a costa do Pacífico Sul, de Barranquilla até o Peru e o Chile.

No Chile, onde há grandes projetos de datacenters de hiperescala em operação e desenvolvimento, a cidade costeira de Valparaíso tem uma estação de aterrissagem estruturada e está se transformando em um novo hub para cabos submarinos na América do Sul.

É de Valparaíso que parte o cabo Curie do Google para a Califórnia e, num futuro próximo, os cabos para a Antártida e a Ásia-Pacífico (projeto Humboldt).

Também estão ancorados em Valparaíso os sistemas Prat, South America-1 e South America Crossing e, mais recentemente, o South Pacific Cable System (SPCS)/Mistral.

Valparaíso conta com uma infraestrutura sólida de fibra óptica terrestre que se conecta a Santiago e, posteriormente, atravessa os Andes para a Argentina. Além disso, Uruguai e Porto Alegre são considerados possíveis destinos futuros.

INFOVIA 04

Em notícia relacionada, a EAF concluiu recentemente a implantação do cabo de fibra subfluvial para o Infovia 04, que faz parte do programa Norte Conectado.

O cabo liga os estados do Amazonas e Roraima por meio de quatro localidades: Vila de Moura, no Amazonas, e Santa Maria do Boiaçu, Caracaraí e Boa Vista, em Roraima.

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