3R Petroleum avalia desinvestimentos

A brasileira 3R Petroleum está analisando a possibilidade de vender campos menores de seu portfólio, anunciou o CEO Matheus Dias em uma teleconferência com analistas realizada nesta quarta-feira (31).

“Certamente temos ativos em que dedicamos muitos recursos e que acabam empatando no fim do dia. Há potencial para alienação ou parceria, para que possamos nos dedicar aos nossos campos core”, afirmou o executivo.

A produção média da 3R no segundo trimestre foi de 46.610 boe/d, sendo 73% provenientes de campos terrestres nas bacias Potiguar e Recôncavo.

Individualmente, os maiores campos são os do complexo offshore: Papa-Terra e Peroá, que produziram 9.726 boe/d e 2.527 boe/d, respectivamente, no período.

NOVO POÇO

A 3R Petroleum espera obter uma licença do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) este ano para perfurar o poço PPT-52 em Papa-Terra.

“Estamos aguardando o parecer técnico nas primeiras semanas de agosto. A gente deve conseguir sanar as dúvidas do Ibama”, pontuou Dias, embora tenha admitido que a greve na agência pode gerar atrasos. “Entendo que o maior risco este ano é obter a licença para o PPT-52.”

As mobilizações de servidores da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que também protestam por melhores condições de trabalho, são outra preocupação. “A preocupação são as auditorias operacionais que teremos nas próximas semanas”, disse o diretor de operações offshore, Maurício Diniz.

GÁS

A 3R continua em negociações com a Petrorecôncavo para avaliar o compartilhamento da infraestrutura de escoamento, compressão, medição e processamento de gás natural na bacia Potiguar.

“Ambos precisamos de uma solução, e acho que uma parceria em equity é a melhor saída”, disse Dias.