70% do tráfego móvel na América Latina é gerado por três plataformas, revela relatório da GSMA

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Por GSMA

7 de outubro de 2024, Cidade do México: No contexto do debate sobre a partilha justa, a GSMA apresenta hoje 'Uso de redes móveis na América Latina', o primeiro de uma série de relatórios para contribuir para a discussão regional com dados e evidências. Este relatório inicial mostra um instantâneo do tráfego móvel na região até 2024 por empresa e tipo de conteúdo, em nível agregado e por sub-região e/ou país. A conclusão mais convincente do estudo é que três empresas – Meta, Alphabet (Google) e TikTok – geram mais de 70% do tráfego de downloads móveis na América Latina. Meta concentra quase 50%; Alphabet soma 14% e TikTok, 8%.

O relatório também examina o tráfego móvel por tipo de utilização, com as redes sociais (41%), a navegação na web (29%) e o streaming (19%) na liderança. Este pódio se repete em toda a região com algumas variações. Na América Central e no México, por exemplo, a ordem é mantida, mas as redes sociais representam quase 60% do total. Na Argentina, Chile e Paraguai, o streaming está acima da navegação na web. Na Região Andina, o streaming é o tipo mais popular, com 38% do total.

O denominador comum dos três casos é o uso intensivo de vídeo, em formato curto ou longo. A demanda de dados por esse conteúdo continuará a aumentar com o aumento das resoluções (de HD para 4K e, eventualmente, 8K) e a expansão de eventos transmitidos ao vivo. Os conteúdos audiovisuais são um dos principais impulsionadores do crescimento sustentado do tráfego móvel, que se multiplicou 14 vezes entre 2016 e 2023. Apenas o crescimento anual em 2023 foi superior ao volume total de tráfego na região cinco anos antes, em 2018. Até 2030, o tráfego anual deverá crescer 22 exabytes (22 mil milhões de gigabytes) em relação ao ano anterior, quase o dobro do crescimento anual. registrado em 2023, que foi de 12 exabytes. Este aumento colocará ainda mais pressão sobre a capacidade das redes móveis.

“ Vendo 70% do tráfego móvel concentrado em três empresas, pode-se pensar que é um mero reflexo da escolha do usuário. Mas a verdade é que uma parte considerável desse tráfego não é solicitado, como as propagandas que vemos ao abrir nossos aplicativos, ou vídeos em resoluções muito superiores às que podemos ver no aparelho”, afirma Lucas Gallitto, Diretor para América Latina. GSMA. “ Hoje as plataformas não pagam custos pelo tráfego que rentabilizam, e isso tem um impacto negativo na experiência do utilizador, na capacidade das redes e no ambiente.” Daí surge a necessidade de uma partilha justa: um mecanismo de mercado através do qual os grandes geradores de tráfego contribuam para o financiamento das redes para encorajar uma utilização mais eficiente deste recurso para todos."

O relatório 'Uso de redes móveis na América Latina' está disponível para download em espanhol, português e inglês aqui.