A mineração chilena na mira de sauditas e emiradenses
A mineração chilena pode desempenhar um papel fundamental nos planos da Arábia Saudita de diversificar sua economia e expandir suas energias renováveis e produção industrial, ao mesmo tempo que reduz a dependência do petróleo, indicaram autoridades e representantes do setor privado chileno.
Em particular, a nação do Oriente Médio está interessada no lítio e no cobre chilenos como insumos essenciais para a sua aspiração de se tornar um polo de produção de veículos elétricos, avançando seu programa nacional de desenvolvimento industrial e logístico.
Bandar Ibrahim Alkhorayef, ministro da Indústria e Recursos Minerais saudita, acaba de deixar o Chile após visitar o país e o Brasil entre 22 e 30 de julho, em uma comitiva com outros representantes sauditas. Durante sua estadia, reuniu-se com a ministra de Minas, Aurora Williams, e com dirigentes de associações como a Sociedade de Fomento Fabril (Sofofa), a Confederação da Produção e do Comércio (CPC) e a agência InvestChile para avaliar oportunidades de investimento.
A InvestChile organizou uma rodada de negócios da qual participaram autoridades da mineração sauditas e representantes das estatais chilenas Codelco, Enami, Corfo e do Colégio de Geólogos do Chile, em uma tentativa de fortalecer os laços entre os países.
A abordagem permitirá mais investimentos na mineração e incentivará o intercâmbio de capital humano, tecnológico e de inovação, disse Williams em comunicado.
Para melhorar as relações, o Chile está em processo de reabrir sua embaixada na Arábia Saudita, após o seu encerramento em 1996 por razões econômicas. A reabertura está prevista para o final deste ano ou início de 2025.
Em 2023, o comércio entre os dois países foi de US$ 279 milhões, com um crescimento médio anual de 17,6% desde 2018. No período, não foram registradas exportações chilenas de produtos minerários, apenas madeira e frutas. Dos sauditas o Chile importou cerca de US$ 200 milhões em produtos relacionados a ferro e aço.
INVESTIMENTO SAUDITA
No primeiro semestre deste ano, o Chile reportou uma carteira de projetos com investimentos que totalizaram US$ 34,5 bilhões, 24% a mais que o registrado no mesmo período do ano anterior, segundo dados da InvestChile.
A mineração foi o segundo maior setor de investimento, depois da energia, com US$ 6,37 bilhões. Embora os principais anúncios tenham vindo dos EUA, seguido por China e Canadá, pela primeira vez foi considerado um projeto saudita de infraestrutura, no valor de US$ 1,4 bilhão.
Em março, a petroleira saudita Aramco adquiriu a Esmax, concessionária da estatal brasileira Petrobras desde 2017, e vai mudar a marca dos seus 300 postos de combustível no Chile.
EMIRADOS ÁRABES
Em paralelo, o presidente Gabriel Boric esteve nos Emirados Árabes Unidos, onde assinou uma série de acordos comerciais, incluindo o Acordo de Parceria Econômica Abrangente (na sigla em inglês, CEPA), o primeiro do gênero entre o Chile e um país do Oriente Médio.
“É particularmente importante porque os Emirados Árabes Unidos são um hub para a região do Oriente Médio, incluindo parte do subcontinente indiano e do nordeste de África”, declarou o presidente chileno.
O CEPA garantirá acesso preferencial ao mercado emiradense para 97% dos bens exportáveis do Chile, o que inclui mineração e outros setores, segundo o documento.
No ano passado, o comércio entre o Chile e os Emirados Árabes Unidos foi de US$ 260 milhões, com um crescimento médio anual de 5,9% desde 2018.
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