Acciona obtém US$ 600 mi da IFC para projetos no Brasil e no Peru

O grupo espanhol de infraestrutura Acciona levantou um total de US$ 600 milhões em financiamento da Corporação Financeira Internacional (IFC) – braço de empréstimos ao setor privado do Banco Mundial – para projetos no Brasil, Peru e outros mercados emergentes.

No Peru, a IFC apoiará três projetos de transmissão de energia da Acciona, projetados para fortalecer a rede nacional e integrar fontes de energia renováveis.

Elas incluem as linhas de transmissão 220 kV Reque-Nueva Carhuaquero, 220/60 kV Nueva Tumbes e 220 kV Ica-Poroma. Estes projetos são considerados essenciais para os esforços do Peru para reduzir sua dependência de combustíveis fósseis e aumentar a participação de renováveis em sua matriz energética, ao mesmo tempo em que atendem à crescente demanda por energia.

Enquanto isso, no Brasil, a IFC financiará parte do projeto da Linha 6-Laranja do metrô de São Paulo, cuja construção está a cargo da Acciona e constitui uma das maiores parcerias público-privadas do mundo em desenvolvimento no setor de infraestrutura.

A linha de metrô conectará 600 mil passageiros por dia de bairros periféricos ao centro da cidade, reduzindo o tempo de deslocamento de 1 hora e 30 minutos para 23 minutos em cada sentido e melhorando o acesso a serviços essenciais, como educação e saúde.

“A parceria incluirá, entre outros componentes, um empréstimo verde e vinculado à sustentabilidade (SLL) de US$ 600 milhões para a Acciona Financiación Filiales, um veículo de financiamento da empresa”, informou a IFC em um comunicado.

“O empréstimo será comprometido em tranches. Os primeiros US$ 380 milhões, consistindo de um empréstimo IFC A/B de US$ 145 milhões e um empréstimo paralelo equivalente a US$ 235 milhões em euros, mobilizando as instituições financeiras europeias de desenvolvimento DEG, FMO e Proparco, foram assinados em 23 de dezembro e serão alocados aos projetos acima no Brasil e no Peru. Tranches adicionais, totalizando US$ 220 milhões, apoiarão outros projetos de infraestrutura sustentável em mercados emergentes”, acrescentou.