Aclara atualiza projeto de terras raras de US$ 600 mi em Goiás

A canadense Aclara Resources está planejando antecipar o início da produção em seu projeto de elementos de terras raras Carina, localizado em Goiás.

“O comissionamento está estimado para começar em 2029. A empresa avalia a possibilidade de agilizar o cronograma de produção para começar entre 2027 e 2028”, declarou a empresa em comunicado com detalhes de uma avaliação econômica preliminar (na sigla em inglês, PEA) atualizada.

A empresa agora estima custos de capital iniciais de US$ 593 milhões e custos de capital de sustentação de US$ 86 milhões.

Segundo a PEA, Carina terá uma taxa interna de retorno de 27% ao longo dos 22 anos de vida útil da mina e um período de retorno de investimento de 4,2 anos.

“O PEA destaca o notável potencial econômico do módulo Carina, com um VPL pós-impostos de US$ 1,5 bilhão, com base na previsão de preço do caso-base, e US$ 2,2 bilhões ao considerar a previsão de preço de incentivo. Estes números ressaltam o status do projeto como um ativo de terras raras pesadas de alta qualidade, projetado para fornecer produção anual significativa de disprósio e térbio, representando aproximadamente 13% da produção oficial da China em 2023", afirmou o CEO da Aclara, Ramon Barua.

Ele acrescentou que a perspectiva de médio a longo prazo para elementos de terras raras, particularmente terras raras pesadas, continua forte devido à sua escassez global e em meio ao aumento das regulamentações internacionais que estão abrindo caminho para cadeias de suprimentos alternativas além da China.

O investimento projetado da Aclara representa mais de um terço dos investimentos planejados no segmento de terras raras no Brasil nos próximos anos. De acordo com o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), entre 2024 e 2028, os investimentos em projetos de terras raras deverão atingir US$ 1,45 bilhão.