Aclara insistirá em licença para projeto de terras raras no Chile

A canadense Aclara Resources declarou estar desapontada com a notificação das autoridades chilenas sobre o término antecipado da avaliação do estudo de impacto ambiental de seu projeto de terras raras Módulo Penco.

A iniciativa de US$ 130 milhões visa produzir 1.700 t/ano de concentrado de terras raras pesadas a partir de um depósito superficial de argila localizado na região de Biobío.

No entanto, o serviço de avaliação ambiental (SEA) considerou que a falta de informações sobre os possíveis efeitos sobre a vegetação, florestas nativas e espécies da flora e fauna “não pode ser sanada por meio de esclarecimentos, retificações ou ampliações”.

A agência florestal Conaf, por sua vez, alertou para a gravidade da falta de dados a respeito do estado de vulnerabilidade das árvores conhecidas como “naranjillos” em regiões próximas ao projeto, onde prevalecem áreas de preservação natural.

“Estamos surpresos e desapontados com a decisão do SEA de encerrar o processo de revisão nesta fase inicial”, disse o CEO da Aclara, Ramón Barúa, em um comunicado divulgado nesta terça-feira (4). “Nosso projeto propõe uma forma inovadora de extração de minérios, assumindo um elevado nível de responsabilidade com o meio ambiente, e desenvolveu um compromisso muito ativo com a comunidade.”

“Acreditamos que as observações levantadas pela Conaf possam ser atendidas pela nossa equipe, e já estamos trabalhando para fazer as devidas modificações e reenviar o pedido de avaliação de impacto ambiental o mais rápido possível”, acrescentou o executivo.

A empresa com sede em Toronto opera uma planta piloto desde junho para validar amostras de terras raras e reunir as informações básicas necessárias para um estudo de viabilidade que espera apresentar no terceiro trimestre.

O projeto tem como foco colaborar com o desenvolvimento de energia limpa para combater as mudanças climáticas.

Comissionamento da planta piloto. Fonte: Aclara