Aeroportos lideram investimentos peruanos em infraestrutura de transporte

Os projetos aeroportuários lideraram os investimentos em obras de transporte nos primeiros cinco meses do ano no Peru.

De todas as obras supervisionadas pelo regulador de transportes Ositrán, os projetos aeroportuários receberam US$ 193 milhões entre janeiro e maio, um dos valores mais elevados dos últimos anos. Esse montante também supera os US$55 milhões executados durante todo o ano de 2023.

Em relação à rede de metrô de Lima, a Linha 2, avaliada em US$ 5,346 bilhões, que geralmente lidera os investimentos em infraestrutura de transporte, acumulou US$ 109 milhões nos primeiros cinco meses.

No geral, a infraestrutura de transporte  – incluindo portos, estradas, rodovias, ferrovias e aeroportos – recebeu US$ 425 milhões até maio deste ano, um valor significativamente maior do que US$ 268 milhões registrados no mesmo período do ano passado. Apenas em maio, foram contabilizados US$ 136 milhões para o avanço de projetos, muito acima dos US$ 20 milhões do quinto mês de 2023, segundo o Ositrán.

Embora o setor aeroportuário tenha liderado os investimentos nos primeiros cinco meses, as cifras de junho devem incluir uma atualização sobre o progresso da Linha 2, que é apresentada no fechamento de cada trimestre, provavelmente posicionando o setor ferroviário como líder dos investimentos no primeiro semestre.

O total investido em infraestrutura de transporte deve chegar a cerca de US$ 600 milhões no primeiro semestre, em comparação com a projeção inicial de mais de US$ 800 milhões para todo o ano de 2024, e US$ 723 milhões executados ao longo de 2023

PROJETOS

Atualmente, existem três iniciativas aeroportuárias sendo fiscalizadas pelo Ositrán. 

As obras do novo Aeroporto Internacional Jorge Chávez (AIJC), em Lima, exigiram US$65 milhões em maio e totalizaram US$ 145 milhões nos primeiros cinco meses. De acordo com a empresa construtora, Lima Airport Partners (LAP), o projeto de US$ 2 bilhões na capital peruana está mais de 85% concluído e será entregue no dia 18 de dezembro deste ano.

O grupo está realizando testes operacionais – manuseio de bagagens, portões de embarque, elevadores, escadas rolantes, rampas e passarelas mecânicas – e espera aumentar a capacidade de atendimento de 30 milhões para 40 milhões de passageiros anuais até 2025, segundo a LAP.

O outro projeto refere-se ao primeiro grupo de 12 aeroportos regionais, cujas obras estão sendo conduzidas pela concessionária Aeropuertos del Perú (AdP). Foram investidos US$ 47,2 milhões nos primeiros cinco meses do ano, superando os US$ 23,7 milhões de todo o ano de 2023. A AdP planeja alocar US$ 108 milhões em 2024, sendo US$ 45,3 milhões voltados a manutenção preventiva periódica.

Por último, o segundo grupo de aeroportos regionais não registou progressos em maio e acumulou uma execução de US$1,1 milhão de janeiro a maio, segundo o relatório do Ositrán. A Aeropuertos Andinos del Perú (AAP), responsável pela manutenção e obras civis, afirmou que este ano injetará US$ 7,94 milhões na obra.

PORTOS

Outro setor que registrou avanços significativos em maio foi o setor portuário. Das iniciativas supervisionadas, as obras de ampliação do Terminal Sul do Callao (Muelle Bicentenario) lideraram a categoria, com investimentos de US$ 64,6 milhões em maio e US$ 66,2 milhões nos primeiros cinco meses do ano. 

O Muelle Bicentenario é um projeto de cerca de US$ 400 milhões, construído pela DP World. As obras foram oficialmente concluídas este mês. O diretor-geral da DP World Callao, Marco Hernández, disse à imprensa local que a inauguração está marcada para esta quinta-feira, 20 de junho. A obra ampliará em 80% a capacidade do terminal portuário do porto mais movimentado do Peru e poderá receber até 2,7 milhões de contêineres por ano.