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AES Andes está perto de encerrar geração a carvão no Chile

Bnamericas

A geradora chilena AES Andes continua com seus planos de encerrar a geração de energia a carvão.

Esta semana, a empresa desativou seu complexo Norgener, formado por duas unidades, na região de Antofagasta, retirando de serviço 276 MW de capacidade a carvão.

A AES Andes recebeu no ano passado a autorização regulatória da Comissão Nacional de Energia (CNE) para a desativação.

Com a mudança, a capacidade a carvão da AES Andes passa a ser de 1,65 GW, distribuída por três ativos, cada um com duas unidades operacionais: Ventanas (537 MW), Angamos (558 MW) e Cochrane (550 MW).

A companhia tem planos para o complexo recém-desativado: a Norgener é uma das seis participantes de uma licitação para serviços auxiliares de controle de tensão realizada pela CNE. As propostas econômicas deverão ser abertas em 17 de maio.

A AES Andes, terceiro player do Chile em termos de participação no mercado de geração, está trabalhando para sair do segmento de geração a carvão até o final de 2025, um prazo provisório que pode ser adiado para o final de 2027, segundo uma apresentação para investidores.

A empresa, que também atua na Argentina e na Colômbia, está analisando opções de venda, conversão ou desconexão de Ventanas, Angamos e Cochrane.

Em Angamos, a AES Andes está considerando um projeto de conversão de sais fundidos de US$ 450 milhões, Alba.

O hidrogênio verde também está no radar da empresa, com dois projetos – um pequeno e um grande – anunciados, mas ainda sem decisão final de investimento, diz a apresentação.

A meta do Chile é abandonar totalmente o carvão até, no máximo, 2040, uma medida que tiraria cerca de 5,5 GW de capacidade de operação.

A Engie Energía e a Enel anunciaram ou estão avaliando o que fazer com as centrais elétricas a carvão retiradas de serviço como parte do esforço de descarbonização do setor.

A Engie e a Colbún ainda têm usinas a carvão em operação, assim como a Guacolda Energía, que em 2021 adquiriu a participação da AES Andes na usina Guacolda para se tornar a única proprietária. A Guacolda relatou à BNamericas no ano passado que planejava usar amônia verde na unidade a partir de 2030.

A Engie anunciou recentemente que instalaria um sistema de armazenamento em baterias de 116 MW em seu complexo termelétrico de Tocopilla. Em setembro de 2022, a empresa desconectou a última unidade de geração a carvão da instalação movida a carvão e óleo combustível.

A empresa também anunciou projetos de conversão de gás e biomassa. As obras visam a usina Infraestructura Energética Mejillones (IEM), de 377 MW, e as unidades de geração Andina (CTA) e Hornitos (CTH), com 356 MW combinados.

LEIA TAMBÉM: Engie Chile delineia investimentos para conversão de termelétricas a carvão 

A Engie Energía disse à CNE que converteria a unidade IEM para gás, um projeto que já conta com licença ambiental. A empresa também recebeu autorização ambiental para converter as unidades CTA e CTH em biomassa.

De acordo com dados da CNE, em fevereiro, antes do encerramento da Norgener, a capacidade operacional líquida total de geração a carvão no Chile era de 3,29 GW, enquanto a capacidade operacional líquida de geração com coque de carvão era de 702 MW.

CAPACIDADE INSTALADA E PIPELINE DE PROJETOS DA AES ANDES 

No Chile, a AES Andes e suas subsidiárias operam 3,42 GW de capacidade instalada (1,65 GW de térmicas a carvão, 771 MW de hidrelétricas, 353 MW de usinas eólicas, 429 MW de centrais solares fotovoltaicas e 223 MW de armazenamento). A companhia está trabalhando para aumentar sua presença no segmento de energias renováveis.

No final do ano passado, 847 MW de nova capacidade estavam em fase de construção no Chile: parque eólico San Matías (com conclusão prevista para o primeiro semestre de 2024), de 65 MW; Andes Solar IV (segundo semestre de 2024), com 226 MW de geração solar fotovoltaica e 135 MW de armazenamento em baterias; Andes Solar IIA (primeiro semestre de 2025), com 80 MW de armazenamento em baterias; e Andes Solar III (primeiro semestre de 2026), com 171 MW de energia solar fotovoltaica e 171 MW de armazenamento em baterias.

Além disso, no Chile, a AES Andes tem cerca de 1,36 GW em projetos contratados em fase de desenvolvimento e com entrada em operação estimada para até o final de 2027: Bolero (136 MW de armazenamento), Rinconada (258 MW de geração eólica), Cristales (187 MW de energia solar fotovoltaica e 267 MW de armazenamento) e Pampas (120 MW de geração eólica, 160 MW solar e 229 MW de armazenamento).

Em termos de projetos não contratados, a AES Andes registra 7,46 GW – sendo 1,80 GW de capacidade eólica, 2,51 GW solar e 3,15 GW de armazenamento em baterias –, um total que pode incluir projetos planejados para a Colômbia.

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