
Algar prepara novos lançamentos de 5G no Brasil, negociando com fornecedores não tradicionais

A operadora brasileira de telecomunicações Algar Telecom está preparando novos lançamentos de 5G na faixa de 2,3 GHz, enquanto avança nas negociações com fornecedores, inclusive não tradicionais, para implantações nas faixas de 3,5 GHz e 26 GHz, disse o CEO Jean Borges (foto) à BNamericas.
A telco arrematou sete lotes regionais no leilão de espectro 5G de novembro, todos envolvendo suas áreas de operações existentes nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso e Goiás. Cinco desses blocos, cada um de 200 MHz, estavam na faixa de 26 GHz.
Os outros foram um bloco de 40 MHz na faixa de 2,3 GHz e outro de 80 MHz em 3,5 GHz, a principal frequência usada para o 5G. No total, a empresa desembolsou mais de R$ 8 bilhões (US$ 1,54 bilhão) pelas licenças.
Desde então, a Algar lançou redes 5G comerciais em quatro locais usando a faixa de 2,3 GHz.
Em dezembro, anunciou que foi a primeira telco do país a ativar uma rede 5G comercial com espectro licenciado no leilão de novembro, fazendo lançamentos em bairros selecionados das cidades de Uberlândia e Uberaba (MG) e Franca (SP).
Mais recentemente, a empresa afirmou ser a primeira telco a ativar uma rede 5G comercial em uma área rural, ativando serviços no Parque das Árvores, município de Nova Ponte, em Minas Gerais.
Sobre os próximos lançamentos, Borges revelou: “O que estamos fazendo agora são obras de infraestrutura nas cidades, coisas que não são, de fato, visíveis, para permitir o 5G autônomo [puro] em 2,3 GHz e a inserção de outras frequências à medida que forem lançadas, especificamente a faixa de 3,5 GHz”.
Por ter adquirido licenças regionais, não nacionais, a Algar teve mais tempo para implantar o 5G na faixa de 3,5 GHz do que as empresas de telecomunicações nacionais, que são obrigadas a ter os serviços funcionando em todas as capitais até o final de setembro.
No entanto, a Algar esperava ativar sites de 3,5 GHz em sua cidade natal, Uberlândia, ainda este ano. Por questões técnicas relacionadas à liberação da frequência na cidade, porém, isso não será possível, disse o CEO.
No caso das frequências milimétricas na faixa de 26 GHz, para uso corporativo, a perspectiva é mais de longo prazo, pois ainda há escassez de dispositivos, como equipamentos nas instalações do cliente (CPE), em quantidade suficiente e com preços baixos, apontou Borges.
O executivo espera que as primeiras implantações nessa faixa, inicialmente atendendo indústrias, ocorram em 2023.
Para essa faixa, a Algar busca aplicações corporativas, incluindo redes privadas, sobretudo nas áreas de saúde, educação, segurança pública, cidades inteligentes, agricultura e energia.
“Para as operadoras, o 5G só se tornará viável como investimento se formos para uma linha de negócios cada vez mais intensa de casos de uso do setor”, avaliou Borges.
TRÁFEGO E GESTÃO
A Algar quer avaliar como os clientes estão consumindo dados e fazendo uso da rede nesses primeiros lançamentos do 5G, além dos tipos de dispositivos que estão usando, a fim de ajustar sua estratégia para as próximas implantações. Isso é importante, por exemplo, para o gerenciamento de tráfego de rede.
Além disso, a operadora está observando o comportamento de toda a cadeia de suprimentos em relação aos volumes de equipamentos e prazos de entrega.
“Dito isso, devemos esperar anúncios graduais em mais localidades ao longo do segundo semestre”, disse ele.
Fora os novos sites, com o apoio de seus fornecedores, a Algar adaptou as antenas existentes para permitir a transmissão na faixa de 2,3 GHz, segundo Borges.
Nokia e Huawei são os fornecedores da empresa nesta faixa. Para a faixa de 3,5 GHz, a telco está encerrando as negociações e deve fazer um anúncio em breve, informou o executivo.
No entanto, a empresa está testando mais de uma tecnologia para transmissão, como o MiMo massivo, que amplifica a capacidade da antena, além de unir esforços com provedores de rede não tradicionais.
“Estamos fazendo muitos testes, com diferentes fornecedores [no modelo Open RAN]. Estamos muito felizes com os fornecedores tradicionais do setor, mas tudo o que há de novo precisa ser testado, especialmente porque permite uma implementação mais rápida”, disse o CEO.
Borges não revelou quem são esses provedores de Open RAN, mas afirmou que a Algar está trabalhando com praticamente todos os grandes players da área, inclusive apoiando-os no processo de licenciamento de equipamentos junto à Anatel, reguladora do setor.
REDE
Atualmente, a Algar atua em 372 municípios de 16 estados, além do Distrito Federal.
De acordo com Borges, as operações da empresa estão crescendo e devem chegar a 400 localidades em breve.
A maioria desses serviços é fornecida por meio de uma rede de fibra óptica que ultrapassou recentemente 115 mil km, dos quais 55 mil km são redes metropolitanas de fibra.
A Algar também opera 11 mil km de cabos submarinos, em consórcios com outras telcos e empresas de conteúdo, o que garante à sua rede acesso a saídas internacionais de dados.
De acordo com Borges, a Algar já tem 992 mil casas passadas com fibra e está prestes a bater a marca de 1 milhão.
A empresa encerrou 2021 com R$ 2,5 bilhões em receita líquida, enquanto atingiu R$ 688 milhões no primeiro trimestre de 2022, um aumento de 15,7% em relação ao ano anterior.
No final de março, a Algar contava com 2 milhões de clientes B2C (dos quais 1 milhão eram móveis) e 188.500 clientes B2B. O grupo registrou investimentos de R$ 221 milhões no trimestre, 61,4% a mais que no primeiro trimestre de 2021.
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