Analistas estão menos otimistas que o Banco Central em relação ao PIB mexicano em 2024

Analistas do setor privado projetam um crescimento de 3% do PIB mexicano este ano, segundo a média estimada na pesquisa realizada pelo Banco Central (Banxico) em agosto, mas o otimismo é bem menor em relação a 2024.

De acordo com a pesquisa, os observadores consultados preveem uma expansão econômica de 1,6% no próximo ano, em vez do nível de 1,5% previsto em julho, valor que continua abaixo dos 2,1% estimados pela entidade monetária.

A Moody’s, por sua vez, também revisou para cima – de 2,4% para 3,3% – sua projeção de crescimento para este ano, dada a dinâmica econômica positiva que o país tem apresentado.

Para 2004, a agência de classificação prevê que a expansão desacelere para 1,9%.

A empresa apontou em um relatório que o risco de recessão nos EUA diminuiu, o que beneficiaria diretamente o México, seu principal parceiro comercial, segundo diversos analistas. No entanto, a agência acrescenta que ainda é necessária uma produção abaixo da tendência para que a inflação nos EUA diminua de maneira sustentável até atingir a meta do Federal Reserve.

A Moody’s indicou que a inflação está diminuindo conforme o previsto, e espera que continue em queda no ano que vem, embora os riscos persistam.

“Estamos confiantes na nossa visão de que a inflação continuará em um caminho de moderação nas economias de mercado avançadas e emergentes, onde uma gestão macroeconômica razoavelmente sólida, aliada à credibilidade da política dos bancos centrais, tem mantido as expectativas de inflação sob controle”, disse a agência.

Na pesquisa do Banxico, a expectativa média para a inflação subjacente no México no final do ano era de 5,21%, compatível com os 5,20% previstos em julho. No entanto, analistas continuam prevendo que a taxa de juros referencial feche em 11%, abaixo do patamar de 11,25% em que se encontra, apesar de o Banxico ter reiterado a necessidade de manter o nível atual por um “período prolongado”.

A previsão de 11% implicaria pelo menos um corte nas decisões de política monetária em setembro ou novembro.

As expectativas sobre a taxa de câmbio do peso em relação ao dólar para o final de 2023 caíram de 17,90 para 17,75 pesos por dólar, em comparação com a pesquisa anterior. Para o próximo ano, também foram reduzidas de 19 para 18,76 pesos por dólar.