Anatel emitiu mais de 60 licenças para redes privadas 5G

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) emitiu até agora 66 licenças para o uso do espectro para redes 5G privadas.

A informação faz parte de um relatório de dois anos de operação do 5G no país, considerando o lançamento da primeira rede na faixa de 3,5 GHz em Brasília em julho de 2022.

Segundo a Anatel, as 66 autorizações, denominadas licenças de serviço privado limitado (SLP), estão relacionadas às seguintes faixas de frequência:

– 2390 a 2400 MHz: 34 autorizações, detidas por seis verticais da indústria;

– 3700 a 3800 MHz: 30 autorizações, detidas por seis indústrias;

– 27,5 a 27,9 GHz: duas autorizações, detidas por uma indústria.

Tais autorizações referem-se apenas a projetos em que uma empresa solicitou licença de uso do espectro. Não incluem, por exemplo, projetos de redes privadas com espectro leiloado para operadoras móveis.

Embora o número de licenças pareça elevado, muitos destes projetos ainda não se concretizaram.

E em relação ao 4G, Vinicius Caram, superintendente de outorga da Anatel, disse em evento organizado pela mídia Mobile Time na semana passada que a maioria das licenças foi emitida para concessionárias (29).

Estas incluem concessionárias de energia, como a Neoenergia, bem como empresas do setor de serviços de água. Em seguida vem a indústria em geral, com 13 licenças 4G, seguida pelo agronegócio (11), esportes (10) e outros segmentos (39).

DOIS ANOS DE 5G

Nestes dois anos de 5G na faixa de 3,5 GHz, o serviço atingiu pelo menos 589 cidades e cerca de 30 milhões de usuários, segundo a Anatel.

O leilão do 5G no final de 2021 estabeleceu vários compromissos, incluindo a cobertura total do 5G em todos os 5.570 municípios até ao final de 2029.

A implementação deve começar nas cidades maiores e atingir progressivamente as menores.

Até 31 de julho deste ano, os compromissos das operadoras envolviam aumentar o número de antenas nas capitais e no Distrito Federal para pelo menos 1 para cada 30 mil habitantes.

Até o final de julho de 2025, essa cobertura precisará ser de pelo menos 1 antena para cada 10 mil habitantes. Empresas de telecomunicações e autoridades públicas têm feito esforços para promover estas ativações.

“A cobertura nas cidades ativas aumenta a cada mês com acompanhamento da Agência, bem como áreas de sombras são constantemente mapeadas para compor novas política públicas e prever investimentos em futuros leilões”, declarou a Anatel.

Outros dados da agência indicam que atualmente existem 23.098 antenas 5G implantadas em 815 municípios, considerando também a faixa de 2,3 GHz.

Eles foram instalados por seis vencedores do leilão: TIM (8.479), Claro (7.957), Vivo (5.391), Brisanet (1.075), Algar (182) e Unifique (14).

Em comunicado, a TIM afirmou que foi a única operadora a ganhar participação no mercado 5G nos últimos 12 meses, com aumento de 3,1 pontos percentuais. A empresa acrescentou que ativou 5G em uma localidade por dia nos últimos três meses.

A empresa também mencionou que cobre mais de 350 cidades com 5G, abrangendo 57% da população urbana do país.

No geral, a Claro liderou o mercado 5G com 37,2% de participação até maio, enquanto a Vivo ficou logo atrás, com 37,1%. A TIM tinha 25,6%.