Andes Energy da Colômbia avança com projeto de gas-to-power

A Andes Energy está avançando com planos para desenvolver uma planta de regaseificação de GNL na costa do Pacífico da Colômbia, enquanto busca aumentar o fornecimento de gás natural ao sudoeste do país, disse o presidente da empresa à BNamericas.

A incorporadora com sede em Cali concluiu os estudos de viabilidade do projeto em Buenaventura e espera participar do próximo leilão de obrigações firmes de energia em fevereiro.

“O projeto avançou bastante. Agora estamos avaliando se participaremos ou não do próximo leilão de cobrança de confiabilidade”, disse Manuel Tenorio, que também é cofundador da Andes Energy, em entrevista por telefone.

De acordo com documentos publicados pela UPME, unidade de planejamento do Ministério da Energia, os atuais geradores de eletricidade e promotores de centrais elétricas têm até 24 de novembro para apresentar manifestações de interesse no leilão, que oferecerá contratos de fornecimento de eletricidade em standby de dezembro de 2027 a novembro de 2028.

Em sua primeira fase, o projeto da Andes Energy incluirá um terminal terrestre de recebimento de GNL capaz de regaseificar 150 MMf³/d (milhões de pés cúbicos por dia) e uma unidade flutuante de armazenamento de 145 mil m³ (5,1 MMf³). Ambas as instalações poderão ser expandidas, no futuro, à medida que a procura aumentar.

A infraestrutura será ligada a uma central termelétrica com capacidade inicialmente de ciclo simples de 270 MW, que posteriormente será ampliada para 400 MW.

O investimento na primeira fase – incluindo o terminal de regaseificação e a central elétrica – deverá atingir 350 milhões de dólares.

O projeto também inclui um componente de gasoduto que atenderá compradores industriais e termelétricos em Cali, bem como outros mercados consumidores no sudoeste da Colômbia.

“Estamos em conversas avançadas com diversos adquirentes termelétricos e com grandes indústrias da região”, disse Tenório. “Dependendo dos resultados dessas conversas, poderemos assinar contratos de fornecimento de gás”.

Tenório disse que a Andes Energy está em negociações com investidores interessados em participar do projeto, mas acrescentou que não pôde fornecer detalhes devido a acordos de confidencialidade.

Entretanto, a empresa iniciou um processo para obter uma licença ambiental e prometeu trabalhar em estreita colaboração com as comunidades locais para evitar quaisquer conflitos sociais.

“Não se pode ignorar as comunidades”, disse Tenório. “As pessoas que agem nas costas das comunidades não se dão bem. Já temos experiência nesse sentido e tem corrido bem para nós”.

De acordo com Tenório, o projeto recebeu um novo impulso depois que uma licitação para o terminal de GNL do Pacífico proposto pelo governo e o gasoduto associado foi declarada nula pela segunda vez, no final do mês passado.

“Agora há mais clareza. Sabendo que a outra planta de regaseificação não vai para frente, temos que fazer a nossa. Temos muito mais certeza de que vamos avançar”, acrescentou.

A entrevista completa com Tenório será publicada em duas partes ainda esta semana.