Antamina recupera liderança na produção peruana de cobre

A mineradora peruana Antamina recuperou a liderança na produção de cobre depois após mais de um ano e meio oscilando entre o segundo e o terceiro lugar; e há expectativas de que encerre o ano de 2024 como a principal produtora nacional do metal vermelho.

A operadora – formada por BHP (33,75%), Glencore (33,75%), Teck Resources (22,5%) e Mitsubishi (10%) – perdeu o primeiro lugar em dezembro de 2022, e desde então a Cerro Verde, controlada pela americana Freeport- McMoran, liderou em grande parte a classificação.

Antamina, localizada na região de Ancash, produziu 225.160 toneladas de cobre no primeiro semestre, enquanto Cerro Verde registrou 222.225 toneladas. No caso de Antamina, esse número representou um crescimento de 7,9% em comparação com as 208.734 toneladas dos primeiros seis meses do ano passado, enquanto para Cerro Verde, houve uma queda de 6,4% em relação às 237.373 toneladas, segundo um novo relatório do Ministério de Energia e Minas (Minem) do Peru.

A produção total de cobre caiu 11,7% em junho comparada com o mesmo mês de 2023, totalizando 213.578 toneladas, e 2,1% no primeiro semestre, para 1,29 milhão de toneladas (Mt).

Embora diversas mineradoras como Anglo American, Antapaccay e Las Bambas tenham indicado que a exploração em suas unidades aumentará devido aos melhores teores que antecipam, a produção tem caído nos últimos meses, colocando em dúvida a expectativa do Minem de ultrapassar 3 Mt em 2024.

Apenas três grandes mineradoras no Peru mantêm um balanço positivo até agora neste ano: Antamina, Southern Copper e Anglo American. A contribuição da Southern Copper – que opera as minas Toquepala e Cuajone – cresceu 17,6%, para 210.302 t, enquanto a da Anglo American – que opera Quellaveco – cresceu 6,9%, para 147.331 t.

No caso de Cerro Verde, que agora ocupa o segundo lugar, os executivos da empresa afirmaram no início do ano que previam uma menor produção no primeiro semestre devido à queda nos teores de cobre. No entanto, espera-se uma recuperação no segundo semestre, uma vez que o processamento nas plantas de concentração tem melhorado.

Em relação às demais mineradoras, o Minem informou que parte da queda de junho é explicada pelo menor desempenho de empresas controladas por capitais chineses como Chinalco (Aluminium Corporation of China) e Las Bambas (MMG), com a Chinalco registrando queda de 60,6% em junho face a junho de 2023, enquanto o declínio de Las Bambas foi de 13,3%.

No acumulado do primeiro semestre, a Chinalco produziu 81.012 toneladas, abaixo das 104.397 toneladas do mesmo período do ano anterior, segundo o Minem. Por sua vez, o volume extraído de Las Bambas caiu de 139.598 t para 124.714 t na mesma comparação, apesar de sua nova mina Chalcobamba já estar fornecendo cobre concentrado.