Antofagasta do Chile aposta na produção de cobre de 900.000 t/ano até 2026

A Antofagasta Minerals do Chile tem como meta uma produção de cobre de 900.000 t/ano até 2026, depois das 733.900 t em 2020.

Durante a apresentação do Capital Market Day na terça-feira, a empresa disse que um marco importante para cumprir a meta é obter a aprovação do conselho relativa ao projeto de US$ 2,7 bilhões para um segundo concentrador na mina Centinela, no norte da região de Antofagasta, até o final de 2022. Se acontecer, o segundo concentrador será comissionado em 2025.

O projeto deve produzir cerca de 180.000 t/ano de cobre equivalente em um primeiro estágio e aumentar para 250.000 t/ano. Um estudo de viabilidade para a primeira fase foi concluído no ano passado, enquanto a engenharia detalhada estava progredindo em 2021.

Sobre o cenário político do Chile em relação às eleições presidenciais e à elaboração de uma nova constituição, o CEO Iván Arriagada disse estar confiante de que as possíveis mudanças manterão a mineração como a indústria mais importante do país.

O vice-presidente de desenvolvimento da Antofagasta, Andrónico Luksic, disse que a empresa está em busca de oportunidades de fusões e aquisições, e projetos de cobre na América do Sul.

Ele disse que no Chile e no Peru a mineradora está se concentrando na exploração, enquanto nos Estados Unidos e no Canadá faz questão de formar joint ventures com sócios que ocupam posições interessantes naquela terra.

Com relação às novas tecnologias, a empresa disse que está desenvolvendo uma tecnologia de lixiviação de sulfeto primário que pode desbloquear o minério de calcopirita de baixo teor, atualmente não econômico.

A mineradora também deseja cobrir 100% de suas necessidades de energia operacional com energia renovável até o final de 2022. Da mesma forma, em 2025, espera-se que 90% das necessidades de água sejam atendidas com água do mar ou recirculada.

As despesas de capital da Antofagasta para o próximo ano devem ser anunciadas em seu relatório de produção do quarto trimestre. A estrutura de alocação de capital da empresa agora inclui mitigação de risco climático.

A empresa está atualmente avançando na expansão de Los Pelambres de US$ 1,7 bilhão (foto) na região central de Coquimbo, que inclui uma planta de dessalinização de US$ 500 milhões com capacidade de 400l/s, que será elevada para 800 l/s como parte de um projeto de US$ 1 bilhão apresentado às autoridades ambientais no início do ano.

A empresa é controlada pelo grupo chileno Luksic.

Crédito da foto: Antofagasta Minerals