Aprovações ambientais no Chile registram queda em setembro

O número de projetos aprovados pelo Serviço de Avaliação Ambiental do Chile (SEA) caiu de 32 em agosto para 28 em setembro, enquanto os investimentos associados diminuíram de US$ 2,18 bilhões para US$ 1,56 bilhão.

A queda foi causada principalmente pela redução no número de projetos de energia, imobiliários, de limpeza ambiental e de "outros" projetos, segundo o relatório mensal do SEA.

Quatorze projetos de energia receberam aprovação (conhecida como RCA) no mês passado, dois a mais do que em agosto. No entanto, os investimentos planejados caíram de US$ 1,74 bilhão para US$ 1,31 bilhão. 

Na mineração, foram duas aprovações, uma a mais do que no mês anterior, enquanto os investimentos propostos aumentaram de US$ 10,5 milhões para US$ 32,2 milhões.

Os projetos imobiliários passaram de oito aprovações e US$ 271 milhões em agosto para cinco aprovações e US$ 172 milhões no mês passado.

Os projetos classificados como "outros", que incluem áreas como datacenters e hidrogênio verde, diminuíram de duas aprovações para uma. Já os investimentos planejados caíram de US$ 46,6 milhões para US$ 230 mil.

Não foram registradas aprovações para projetos de infraestrutura de transporte e água. No entanto, a infraestrutura portuária recebeu uma resolução de qualificação ambiental (RCA) positiva em setembro, totalizando US$ 15,6 milhões.

Os principais projetos que receberam aprovação ambiental no mês passado foram:

Linha de transmissão Halcón 4 e sistema de armazenamento de energia em bateria (US$ 175 milhões)
Sistema de armazenamento de energia em bateria Arena (US$ 300 milhões)
Parque fotovoltaico Don Darío (US$ 180 milhões)
Parque eólico Culenco (US$ 305 milhões)

SOLICITAÇÕES

Um total de 42 projetos foi apresentado ao SEA para avaliação no mês passado, um a mais do que em agosto. No entanto, os investimentos planejados aumentaram de US$ 2,13 bilhões para US$ 2,57 bilhões, graças ao forte aumento nos projetos de energia, que compensaram as quedas em infraestrutura hídrica, imobiliária e de mineração.

Em setembro, foram submetidos 11 projetos de energia, um a menos do que no mês anterior, embora os investimentos propostos tenham aumentado de US$ 1,39 bilhão para US$ 2,13 bilhão.

Os projetos de mineração passaram de cinco para seis, mas os investimentos caíram de US$ 44,6 milhões para US$ 14,3 milhões.

Não houve solicitações para infraestrutura hídrica em setembro, em comparação com três projetos envolvendo US$ 120 milhões no mês anterior.

Não foram apresentados projetos de infraestrutura portuária, assim como em agosto. Por outro lado, a infraestrutura de transporte submeteu apenas um projeto em setembro, no valor US$ 18 milhões, após nenhum registro de propostas no mês anterior. 

O setor imobiliário aumentou de seis solicitações em agosto para 11 em setembro, embora os investimentos planejados tenham caído de US$ 311 milhões para US$ 209 milhões.

Os principais projetos apresentados para avaliação ambiental no mês passado foram:

Linha de transmissão Pueblo Hundido e sistema de armazenamento de energia em bateria (US$ 400 milhões)
Expansão do parque eólico Camarico (US$ 119 milhões)
Parque fotovoltaico Solar Oriente (US$ 990 milhões)
Parque fotovoltaico Loma Verde Solar (US$ 130 milhões)
Parque fotovoltaico Pillancó (US$ 236 milhões)
Linha de transmissão Cálice e sistema de armazenamento de energia em bateria (US$ 144 milhões)
Expansão do datacenter Scala Huechuraba (US$ 145 milhões)

2024 ATÉ AGORA

De janeiro a setembro, 410 projetos foram submetidos para avaliação ambiental, totalizando US$44,7 bilhões. No mesmo período do ano passado, foram apresentadas 424 propostas, com investimentos de US$ 26,9 bilhões.

A principal razão para esse aumento no valor é o número de grandes projetos relacionados ao hidrogênio verde, como o projeto de amônia verde da HNH Energy, de US$ 11 bilhões, apresentado em julho.

As aprovações nos primeiros nove meses de 2024 chegaram a 228, comparadas a 171 no mesmo período de 2023. Os investimentos planejados aumentaram de US$ 8,35 bilhões para US$ 12,5 bilhões, com os setores de energia e imobiliário liderando.

Atualmente, o Congresso está analisando um projeto de lei que visa acelerar os procedimentos de revisão ambiental.

A proposta foi aprovada, em termos gerais, pelo Senado em junho e enviada à comissão de meio ambiente do Congresso.