Aprovado projeto de US$ 600 mi para prolongar vida útil de mina chilena da Lundin

A mineradora canadense Lundin iniciará em janeiro de 2024 um plano de otimização e continuidade operacional de US$ 600 milhões, visando estender a vida útil de sua mina de cobre Candelaria até 2040, após receber a aprovação do escritório regional de Atacama do Serviço de Avaliação Ambiental do Chile (SEA).

A empresa também espera obter classificação favorável do serviço em outubro, segundo comunicado.

Com isso, a mineradora poderá aumentar a exploração da jazida a céu aberto e da mina subterrânea, bem como incorporar a cava La Española em seu distrito localizado no município de Tierra Amarilla. Isto logo após explorações realizadas no local permitirem verificar a existência de reservas e recursos para cerca de 350 milhões de toneladas adicionais, segundo o estudo de impacto ambiental (EIA).

“Temos o prazer de anunciar a aprovação do EIA de continuidade e otimização operacional da Candelaria para 2040. A aprovação permite a construção de diversas instalações e iniciativas que, em conjunto, representam investimento contínuo e emprego local”, disse em comunicado Peter Rockandel, CEO da Lundin.

A empresa sediada em Toronto garantirá a extensão das operações em Candelária por 10 anos, conforme autorizado anteriormente, até 2040, por meio de obras como ampliação de áreas de disposição de resíduos, novo sistema de britagem para mineração subterrânea e novas áreas de recepção de minerais de terceiros e garimpeiros.

Da mesma forma, o projeto prevê a ampliação da usina de dessalinização de 500 l/s da Lundin no porto de Punta Padrones, a cerca de 100 km das operações, o qual abastece todas as necessidades hídricas de Candelária.

A mina sofreu o impacto da queda nos teores de minério, situação que a Lundin procurará compensar com um plano de melhoria no processo extrativo, o qual lhe permitirá manter a taxa de processamento de 90 mil t/d como média anual, e uma taxa de extração anual média de 384 mil t/d.

A mina atingiu uma produção de 174 mil toneladas de cobre equivalente, e neste ano deve cair para uma faixa entre 145 mil e 155 mil toneladas.

A empresa reduziu o seu capex neste ano para US$ 375 milhões, face aos US$ 400 milhões anteriores, devido ao adiamento de projetos para o próximo ano, segundo seu relatório do segundo trimestre de 2023.