Argentina aumenta limite de capacidade de geração distribuída

A Secretaria de Energia da Argentina aumentou o limite de capacidade para sistemas de geração distribuída instalados por consumidores de grande porte.

Por meio de uma resolução, o departamento elevou o teto de 2 MW para 12 MW.

A Argentina estabeleceu regras para sistemas de energia renovável distribuída sob a lei federal nº 27.424 de 2017, que desde então foi modificada para incorporar geradores comunitários.

A geração distribuída pode dar suporte à eficiência energética e ajudar a aliviar o congestionamento da rede decorrente do subinvestimento em transmissão por cerca de 20 anos, afirma a resolução.

O quadro regulatório estabelece três tipos de geradores de energia: pequeno (até 3 kW), médio (3 kW a 300 kW) e grande (300 kW a 12 MW).

De acordo com um relatório de julho da Secretaria de Energia, 323 distribuidores e cooperativas estão registrados em uma plataforma de geração distribuída da Secretária de Economia. Dezessete jurisdições, entre elas a cidade de Buenos Aires e a província de Buenos Aires, aderiram à legislação federal.

 De acordo a resolução, as jurisdições haviam solicitado o aumento da capacidade.

Quase 2.000 projetos de geradores de energia foram conectados, totalizando 43,6 MW.

As três províncias com maior capacidade instalada são Córdoba (16,6 MW), Buenos Aires (10,0 MW) e San Juan (4,28 MW). 

No total, os consumidores de geradores comerciais/industriais respondem por 33,15 MW de capacidade, os residenciais por 5,06 MW, os órgãos oficiais por 3,40 MW e outros por 1,99 MW.

Mais 14 MW de capacidade de geração distribuída estão previstos para o futuro.

Dada a baixa penetração de geração distribuída na Argentina, especialmente em comparação com os vizinhos Chile e Brasil, o país é visto como detentor de grande potencial de crescimento nesse segmento.