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Argentina estende licença para exploração offshore da Equinor-YPF

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Argentina estende licença para exploração offshore da Equinor-YPF

A estatal argentina YPF e a unidade local da norueguesa Equinor receberam uma extensão de um ano para uma licença de exploração offshore emitida em 2019.

A licença corresponde ao setor CAN-102, área em águas profundas na costa de Buenos Aires. Uma extensão anterior de um ano havia sido concedida em maio.

Um processo de consulta pública sobre uma campanha sísmica 3D planejada em CAN-102 começou em novembro.

De acordo com uma apresentação da YPF, a Argentina tem 31 Bboe (bilhões de barris de óleo equivalente) de potenciais recursos offshore de hidrocarbonetos, em comparação com os 29 Bboe estimados na formação não convencional onshore de Vaca Muerta.

Uma proposta de campanha de exploração da Equinor visando outras áreas – CAN-100, CAN-108 e CAN-114 – não avançou como planejado no ano passado após liminares judiciais, posteriormente suspensas, bloqueando os trabalhos.

A exploração foi realizada em águas rasas na costa de Buenos Aires, na bacia do Colorado, de 1969 a 1997, com 18 poços exploratórios perfurados. O óleo foi extraído de um durante o teste de formação repetido.

Os hidrocarbonetos, principalmente gás, são atualmente produzidos ao largo da costa da província de Terra do Fogo, na bacia Austral, onde um consórcio anunciou no ano passado uma decisão final de investimento no projeto de gás Fénix.

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O banco de desenvolvimento regional CAF aprovou um empréstimo de US$ 540 milhões voltado ao midstream argentino.

Os recursos destinam-se às obras de reversão do Gasoduto Norte, projeto com um custo total de US$ 702 milhões, informou o CAF em comunicado.

As obras, envolvendo a transportadora de gás TGN, incluem a construção do duto La Carlota-Tío Pujio. O regulador argentino Enargas tem a tarefa de incluir o trabalho no plano de investimento obrigatório da TGN.

O projeto permitiria que a produção da bacia de Neuquén chegasse a algumas zonas centrais e do norte e, eventualmente, a Chile, Bolívia e Brasil. A Argentina já exporta gás para o Chile e para o Brasil.

O projeto de reversão de fluxo está vinculado ao gasoduto de Vaca Muerta, em construção, que visa desafogar a produção na bacia de Neuquén, expandir a cobertura e apoiar as exportações.

O gás da bacia de Neuquén – onde a produção está aumentando – ajudaria a substituir as importações da Bolívia, que vêm diminuindo, e ajudaria a compensar a queda na produção da bacia Noroeste, na Argentina.

Uma ideia sendo cogitada na Argentina é um dia exportar para a Bolívia e enviar gás para o Brasil por lá.

“Por seu caráter multilateral, o gasoduto é de grande interesse para o CAF, pois, uma vez concluído, poderemos reverter o gasoduto da Bolívia para que, ao invés de importar, consolidemos as exportações para os países vizinhos”, declarou o ministro da Economia, Sergio Massa, em um tweet.

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O departamento argentino de energia reuniu-se com empresas de hidrocarbonetos upstream e midstream para lançar um grupo de trabalho público-privado que se concentrará na infraestrutura necessária para aumentar as exportações de petróleo e gás na região.

Os membros disseram serem necessários trabalhos de revisão, reversão de fluxo e expansão, juntamente com a construção de nova infraestrutura, visando apoiar um aumento nas exportações. Um subcomitê irá observar o setor de petróleo, enquanto o outro o de gás.

“Queremos ouvir [as empresas do setor], ajudá-las e que nos ajudem a alcançar o objetivo de estabelecer linhas de ação para expandir e construir novas infraestruturas para a exportação de nossos hidrocarbonetos”, afirmou em comunicado o diretor federal de hidrocarbonetos da Argentina, Federico Bernal.

O país, que tem aumentado a produção de gás e já expandindo a infraestrutura de midstream, está pronto para desempenhar um papel central nos processos de transição e integração energética na América do Sul. Os produtores de gás estão interessados em exportações firmes durante todo o ano para os vizinhos regionais Chile e Brasil e, eventualmente, exportando para o exterior por meio de plantas de liquefação. Um oleoduto de exportação de petróleo Argentina-Chile também está sendo reativado.

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