Australiana St George levanta fundos para projeto de nióbio e terras raras em Minas Gerais

O grupo australiano St George Mining levantou novos fundos para avançar seu projeto de nióbio e terras raras Araxá, localizado em Minas Gerais.

A empresa levantou A$ 20 milhões (US$ 13,9 mi) por meio de uma colocação privada de ações a serem usadas “para custos de aquisição, despesas de exploração e capital de giro” para o projeto Araxá, de acordo com um comunicado.

A St George anunciou no ano passado a aquisição do projeto, que pertencia à Itafos Araxá Mineração e Fertilizantes, uma subsidiária da Itafos. Foi negociado um pagamento à Itafos de US$ 10 milhões no fechamento da transação, previsto para este trimestre, além de US$ 6 milhões nove meses após o fechamento e US$ 5 milhões em até 18 meses após o fechamento.

A Itafos também receberá 10% das ações em circulação da St George.

“A St George tem sido muito ativa na criação da plataforma para alavancar o status avançado do projeto – incluindo a assinatura de um acordo de cooperação com o estado de Minas Gerais para agilizar as aprovações do projeto, a assinatura de acordos de parceria para potencial processamento downstream da mineralização de Araxá, a nomeação de consultores ambientais líderes do setor e, claro, o estabelecimento de nossa própria equipe local de alta qualidade com mais de 40 anos de experiência combinada no negócio de nióbio”, disse no comunicado John Prineas, presidente executivo da St George Mining.

Os recursos arrecadados serão usados para o pagamento inicial de US$ 10 milhões à Itafos, enquanto o restante será usado para o programa inaugural de perfuração da empresa em Araxá.

No ano passado, quando a St George anunciou a transação original com a Itafos, ocorreu uma reunião com autoridades de Minas Gerais na qual foi divulgado um plano para investir R$ 2 bilhões (US$ 327 mi) no projeto.

A empresa informou que a construção da mina está planejada para 2026, com início das operações em 2027, atingindo capacidade de produção anual de até 20 mil toneladas de nióbio e elementos de terras raras.

A mineradora brasileira de nióbio e produtora integrada CBMM, que também tem operações em Minas Gerais, produz cerca de 80% do nióbio mundial.