Autoridade de mineração do Equador destaca grandes oportunidades de expansão do setor

O setor de mineração equatoriano oferece grandes oportunidades, já que apenas 7% do território com potencial para exploração, cerca de 2 milhões de hectares (Mha), está sob concessão, disse o vice-ministro de Mineração, Juan José Espinosa, durante um evento.

Dessa área total, 54% corresponde à mineração de grande porte, 21% à de pequeno porte, 10% à de médio porte e o restante a outras formas de atividade.

O Equador tem apenas duas operações de mineração de grande escala ativas: a mina subterrânea de ouro Fruta del Norte (US$ 692 milhões), da Lundin Gold; e a operação de cobre a céu aberto Mirador (US$ 1,4 bilhão), da EcuaCorriente.

São esperados investimentos combinados de cerca de US$ 11 bilhões em sete projetos que devem entrar em operação nos próximos anos. São eles: La Plata (mina polimetálica); Curipamba (cobre e ouro); Loma Larga (ouro e prata); Mirador Norte (cobre), parte da concessão Mirador; Rota do Cobre (cobre); Cascabel (ouro, prata e cobre); e Warintza (cobre).

“Existem grandes expectativas e oportunidades”, celebrou Espinosa. A autoridade citou como exemplo a concessão Mirador, cujo depósito Mirador Norte poderia dobrar a produção da empresa.

De acordo com dados da EcuaCorriente enviados à BNamericas, a produção de Mirador no ano passado foi de 536.000 t de concentrado. Mirador Norte fica a 1 km da mina Mirador, na província amazônica de Zamora Chinchipe. Até agora, os planos de exploração da empresa não se concretizaram devido à forte oposição à atividade mineradora no país, principalmente de grupos indígenas.

No ano passado, as exportações de mineração do Equador somaram cerca de US$ 2,8 bilhões, dos quais 44% corresponderam à Mirador e 29% à Fruta del Norte. Espinosa explicou que, do total exportado, US$ 1,3 bilhão foi para a China.