Autoridade portuária chilena Mejillones: 'No momento, nosso foco principal é a amônia'

A autoridade portuária chilena Complejo Portuario Mejillones (CPM) tem como alvo as exportações de amônia verde, afirmou o CEO da empresa estatal, Álvaro Arroyo, às partes interessadas no ecossistema de hidrogênio verde.

A CPM, subsidiária da estatal mineradora de cobre Codelco, opera o complexo portuário da região de Antofagasta sob o modelo de arrendamento, no qual ela fornece a infraestrutura básica e as concessionárias do setor privado desenvolvem e operam os terminais individuais.

“Nossa estratégia é construir e fornecer instalações para armazenamento e exportação de amônia verde”, disse Arroyo durante a conferência da indústria de hidrogênio H2LAC, realizada na capital chilena, Santiago. “No momento, nosso foco principal é a amônia.”

Os potenciais exportadores estão considerando derivados de amônia e metanol, dada a relativa facilidade de transporte e armazenamento em comparação com o hidrogênio.

Arroyo indicou que as autoridades estavam trabalhando em planos associados.

“Estamos atualizando nosso plano mestre do porto e avaliando meios de fornecer essas instalações”, explicou Arroyo. As opções incluem a construção de um novo terminal para granéis líquidos ou a adaptação da infraestrutura existente.

Cerca de 25 projetos de hidrogênio verde em Antofagasta foram anunciados publicamente. A região é um polo industrial, logístico e de mineração. Entre os mais avançados está o projeto de amônia verde Volta, de US$ 2,5 bilhões, pertencente à MAE, que este ano entrou no sistema de avaliação ambiental. O Volta está planejado para um local nas redondezas da cidade de Mejillones.

No porto de Mejillones, a concessionária do terminal de grãos TGN está concluindo um projeto de expansão. A obra envolve a construção de novos cais para o envio de concentrados de mineração.

Mais ao sul, no maior porto do Chile, San Antonio, a operadora estatal está incorporando equipamentos logísticos totalmente elétricos e verdes movidos a hidrogênio em um projeto de expansão planejado.

Os trabalhos na iniciativa da região de Valparaíso poderiam começar em 2026 ou 2027, com o primeiro navio possivelmente atracando em 2036, disse Ramón Castañeda, CEO da autoridade Empresa Portuaria San Antonio.

Diversas concessionárias operam terminais no porto.