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Banco Central do México reduz taxa de juros e abre as portas para cortes mais agressivos

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Banco Central do México reduz taxa de juros e abre as portas para cortes mais agressivos

O Banco Central do México (Banxico) reduziu a taxa de juros de referência do país em 25 pontos-base (pb) na última decisão de política monetária do ano, para 10%. No anúncio, a entidade deixou as portas abertas para cortes mais agressivos ao longo de 2025.

As autoridades monetárias decidiram, por unanimidade, cortar a taxa pela quarta vez consecutiva (a quinta vez em 2024), depois que ela atingiu a máxima histórica de 11,25% no ano. A medida seguiu um corte da mesma magnitude anunciado pelo Federal Reserve, dos Estados Unidos, na semana.

“Para o futuro, o banco prevê que o ambiente inflacionário permitirá novas reduções na taxa de referência. Com o avanço da desinflação, cortes maiores poderiam ser considerados em algumas reuniões, ao mesmo tempo em que se mantém uma postura restritiva”, disse o Banco Central em nota.

Apesar do tom moderado do anúncio, a autoridade monetária elevou suas projeções para a inflação no período do segundo trimestre de 2025 até o segundo trimestre de 2026. Também adiou a convergência do índice de preços para a meta de 3% para o terceiro trimestre de 2026, em relação à projeção inicial do quarto trimestre de 2025, no comunicado de novembro.

“O Banxico foi um pouco mais longe”, disse à BNamericas o vice-diretor de análise econômica do CI Banco, James Salazar Salinas, após tomar conhecimento da decisão de política monetária.

“De agora em diante, [os membros do conselho do Banxico] vão um pouco mais longe, porque sugeriram cortes de maior magnitude. Com isso, abrem-se as portas para cortes de 50 pb”, destacou. “Isso nos leva a pensar que poderemos ter quatro ou cinco cortes, pelo menos, no ano que vem e, em alguns casos, de até 50 pb. Digamos que essa é a mensagem central do guidance do Banxico.”

O CI Banco projeta que a taxa de referência fechará 2025 em 8,50%.

Salazar relatou que o Banxico costuma revisar para cima suas projeções de inflação, e este anúncio não foi exceção. “Apesar disso, a taxa continua em queda, porque o argumento central é que o processo desinflacionário continua, embora talvez não nos níveis originalmente propostos”, explicou.

O executivo do CI Banco alertou que, “no final das contas, as reduções nas taxas de juros poderão, em um determinado momento, favorecer a atividade econômica, a demanda agregada, o consumo e o investimento”.

Embora Salazar tenha alertado que, em uma economia como a do México, em que a inclusão financeira e a bancarização ainda são baixas, o efeito da redução das taxas de juros é mais limitado. No entanto, reconheceu que medidas como essa acabam criando condições favoráveis para gastar e investir mais.

PESO E ECONOMIA

A inflação geral caiu de 4,76% em outubro para 4,55% em novembro. No entanto, o Banco Central reconheceu que ainda sofre com os choques de oferta que afetaram os componentes voláteis da inflação, enquanto o componente subjacente, que reflete melhor a tendência da inflação, continuou em uma clara tendência de queda.

Da mesma forma, a entidade monetária destacou que, após a desvalorização da moeda nacional devido à possibilidade de implementação de medidas que enfraqueçam a integração com o principal parceiro comercial do México, os Estados Unidos, o peso vem se desvalorizando desde novembro.

Sobre o comportamento da economia, o Banxico afirmou que, depois da acentuada fragilidade que apresentou nos três trimestres anteriores, o país apresentou uma maior taxa de expansão no terceiro trimestre de 2024. No entanto, a entidade prevê uma lentidão no final do ano e no início de 2025.

A pesquisa realizada com analistas do Banco Central em dezembro mostrou que a mediana do crescimento do PIB está projetada em 1,6% no final deste ano, em vez dos 1,53% estimados em novembro. Para 2025, a autoridade reduziu a previsão para o final de 2025 de 1,20% para 1,12%.

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