Banco do Brasil aposta em energia 100% renovável até 2025

O Banco do Brasil planeja obter 100% da energia que consome com geração de energia renovável, principalmente solar, até 2025, disse o CEO Fausto Ribeiro durante evento de tecnologia bancária CIAB Febraban.

Atualmente, cerca de 22% da energia elétrica do banco vem de fontes renováveis, disse Ribeiro, falando em um painel focado em ESG e sustentabilidade.

A inclusão do tema na pauta do tradicional evento de tecnologia financeira ilustra a importância que a ESG vem adquirindo no setor.

No início deste ano, o Banco do Brasil traçou uma nova agenda com 10 compromissos de longo prazo, baseados em negócios sustentáveis, investimentos responsáveis e ESG em geral, disse Ribeiro.

Como parte dessa agenda, o banco também quer expandir sua carteira de crédito voltada para a agricultura sustentável para R $ 125 bilhões (US $ 25,2 bilhões) até 2025.

Atualmente, o banco conta com cerca de R $ 100 bilhões em linhas de crédito para a agricultura, a maior parte voltada para a agricultura sustentável, por meio do Pronaf e do Programa de Agricultura de Baixo Carbono (ABC), entre outros.

O Banco do Brasil também está empenhado em alcançar 15 bilhões de reais em crédito de energia renovável até 2025 para todos os segmentos de clientes, ante os atuais 5,9 bilhões de reais, acrescentou.

O banco tem R $ 261 bilhões em sua carteira de crédito verde, certificada pela Sitawi Finanças do Bem, uma organização sem fins lucrativos com foco em infraestrutura financeira para os setores social e ambiental no Brasil. Esse número representa cerca de 30% de todo o crédito sustentável do banco, segundo Ribeiro.

Em sua opinião, um dos maiores desafios que os bancos enfrentam quando se trata de ESG é consolidar uma mentalidade de liderança de longo prazo voltada para a sustentabilidade.

“Temos que nos preocupar em treinar nossos líderes. Precisamos cada vez mais preparar os líderes que nos sucederão com essa visão ”, afirmou.

No geral, a carteira de crédito total do Banco do Brasil, que inclui carteira de crédito classificada, títulos privados e garantias, somou R $ 758 bilhões ao final do 1T21, com crescimento de 2,2% em relação ao trimestre anterior e crescimento de 4,5% ano-a-ano, impulsionado por operações de varejo e agronegócio.

A carteira completa de crédito do agronegócio (crédito mais títulos e garantias) atingiu R $ 199 bilhões (alta de 3,6% em relação ao mesmo período do ano anterior), com o crédito rural crescendo 3,2%.