Bandeira tarifária permanecerá verde em fevereiro, diz Aneel

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) manteve a bandeira tarifária verde para fevereiro, devido às boas condições dos reservatórios hidrelétricos no país.

O sistema de bandeiras indica as condições de geração e os custos para os consumidores de energia. Quando a produção nas hidrelétricas – que produzem energia mais barata que as termelétricas – está alta, a Aneel aciona a bandeira verde. Já quando há menos água disponível as bandeiras amarela ou vermelha podem ser acionadas, o que leva a tarifas mais altas para os consumidores.

A bandeira tarifária de energia permaneceu verde de abril de 2022 até julho de 2024. Ela voltou a ficar verde em dezembro e permaneceu assim em janeiro.

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) prevê que os níveis de energia armazenada indicam que todos os submercados terminarão fevereiro acima de 70%.

A previsão é que a região Norte atinja 93,1%, seguida pelo Nordeste com 79,2%, Sudeste/Centro-Oeste com 74,2% e Sul com 70,6%.

O consumo de energia deve aumentar 3,7% (86.400  MWa) este mês em comparação ao mesmo período do ano passado, segundo o ONS.

A expectativa é que o Norte cresça 7,1% (7.890 MWa), seguido pelo Nordeste com 4,1% (13.844 MWa), Sudeste/Centro-Oeste com 3,9% (48.905 MWa) e Sul com 1,2% (15.762 MWa).

CHUVA FORTE E CALOR INTENSO

Fevereiro será marcado pelo clima típico de verão no Brasil, com chuvas intensas no Norte, Centro-Oeste e Sudeste, enquanto o Nordeste e o Sul enfrentarão períodos mais secos, prevê a Tempo OK, consultoria especializada em previsões de alta precisão.

O clima quente prevalecerá em grande parte do país, com as temperaturas mais altas concentradas no interior, embora áreas com maior precipitação registrem temperaturas mais amenas, segundo a consultoria.

O fenômeno La Niña, que surgiu no final de 2024, continuará sendo um fator, mas com intensidade fraca.

“Outros fatores, como águas oceânicas mais aquecidas e oscilações intrasazonais, especialmente a Oscilação de Madden-Julian, terão maior impacto na configuração, distribuição, posição e intensidade das chuvas no Brasil”, disse em comunicado Maria Clara Sassaki, porta-voz da Tempo OK.