Bolívia lança chamada para consultoria para projeto hidrelétrico de 600 MW

A Ende, empresa estatal de energia da Bolívia, lançou uma licitação para avançar no desenvolvimento do projeto hidrelétrico Rositas, de 600 MW.

O trabalho de consultoria abrange a gestão social e o estudo de avaliação de impacto ambiental.

O projeto seria construído no rio Grande, a jusante de sua confluência com o rio Rositas e a 16 km a montante da comunidade de Abapó, cobrindo os departamentos de Santa Cruz e Chuquisaca.

Informações preliminares destacam que Rositas incluiria uma barragem com núcleo de argila, túneis de desvio de rios, um vertedouro, entradas de água e uma casa de máquinas para abrigar quatro turbinas.

As ofertas para o contrato de 24 milhões de bolivianos (US$ 3,5 milhões) e 540 dias devem ser apresentadas no mês que vem, de acordo com informações do processo disponíveis (em espanhol) na caixa Documentos, no canto superior direito da tela.

A usina Rositas é vista como parte do plano de exportação de energia hidrelétrica da Bolívia, que tem sido questionado devido à incerteza da contratação por parte dos mercados vizinhos, ao custo da infraestrutura de transmissão necessária e à oposição ambiental.

Os críticos também destacam a margem de reserva de geração de energia confortável da Bolívia.

“Atualmente, é muito difícil encontrar situações claras de possível exportação que possam gerar excedentes econômicos […], a maioria dos nossos vizinhos tem excesso de geração”, apontou Angel Zannier Claros, presidente da câmara de energia da Bolívia.

O pipeline de iniciativas hidrelétricas ativas da Ende inclui o projeto Ivirizu, de 290 MW, que deve entrar em operação este ano, e a usina Miguillas, de 204 MW, cuja entrada em operação está programada para 2025.

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ELETRIFICAÇÃO RURAL

Enquanto isso, o Ministério de Hidrocarbonetos e Energias anunciou desembolsos planejados para apoiar a eletrificação rural.

O governo destinou US$ 8,4 milhões para 26 projetos no departamento de Oruro e US$ 36 milhões para projetos no departamento de Chuquisaca.

As obras se enquadram no programa de eletrificação rural PER III, financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).