Bolívia lança licitação para certificar reservas de petróleo e gás

A empresa estatal de hidrocarbonetos da Bolívia YPFB lançou uma licitação para quantificar e certificar reservas de gás natural e líquidos de hidrocarbonetos até 31 de dezembro de 2024.

O vencedor quantificará os volumes técnicos recuperáveis, realizará uma avaliação econômica e preparará previsões de produção.

O trabalho se concentrará em 60 campos de gás operados pela Petrobras Bolívia, Repsol E&P Bolívia, YPFB, Total E&P Bolívia, Vintage Petroleum Boliviana, YPFB Andina, YPFB Chaco, Fluxus Bolívia e Canadian Energy Enterprises, além de 24 campos de petróleo operados pela Matpetrol, YPFB, YPFB Andina, YPFB Chaco e Vintage Petroleum Boliviana.

As ofertas para o contrato de 143 dias devem ser entregues até 24 de outubro, de acordo com as informações do processo, disponíveis aqui (insira o número 863 na caixa “Código PAC/PCM”).

As reservas de hidrocarbonetos do país são alvo de análise devido à falta de divulgação oportuna por parte das autoridades, principalmente em meio aos pedidos por maior transparência por conta da queda na produção e da incerteza relacionada à exportação.

Os resultados do trabalho de certificação de 2022 e 2023 ainda não foram divulgados. O presidente da YPFB, Armin Dorgathen, disse anteriormente que os dados estavam sendo confirmados.

De acordo com os números mais recentes, as reservas provadas de gás e petróleo totalizavam 8,95 Tf³ (trilhões de pés cúbicos) e 190 MMb (milhões de barris) no final de 2018, o último ano em que as reservas de hidrocarbonetos da Bolívia foram certificadas.

Números atuais do instituto de estatísticas do país (INE) mostram que a produção de óleo cru nos primeiros sete meses de 2024 caiu 11%, para 4,58 MMb, em comparação com o período de janeiro a julho do ano passado, enquanto a produção de gás caiu 10,5%, para 7,16 Bm³.

	Petróleo (barris)	Gás natural (milhões de metros cúbicos)
2023	8.599.810	13.390
2022	10.189.299	15.401
2021	11.438.199	16.969

Produção anual de petróleo e gás natural na Bolívia. Fonte: INE