Brasil adia datas para leilões de exploração de minerais

O Brasil adiou para 23 de novembro os leilões de áreas de exploração de ouro, diamante, fosfato, gesso, calcário e caulim. A data anterior era de 20 de outubro.

“Esses leilões são importantes para alavancar ainda mais a mineração nacional. O Brasil é rico em depósitos minerais e é um desperdício manter essas áreas, que têm tanto potencial, sem exploração. Com os cinco leilões, criaremos empregos, renda e investimentos para todas as brasileiras e brasileiros das regiões”, declarou em comunicado do Ministério de Minas e Energia o secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral, Vitor Saback.

O ministério não informou o motivo do adiamento.

Estes serão os primeiros leilões de exploração desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu o cargo, em janeiro. Os leilões eram comuns durante o governo anterior, de Jair Bolsonaro.

Todas as áreas serão oferecidas em leilões separados, abertos a investidores nacionais e internacionais.

Projeto Aveiro (Pará)

A Agrominerais Aveiro combina os projetos Gipsita Rio Cupari e Calcário Aveiro, abrangendo três áreas de gesso totalizando 2.889 hectares. O Serviço Geológico Brasileiro (SGB) encontrou 350 Mt (milhões de toneladas) de recursos de alta pureza.

Um depósito de calcário fica a cerca de 30 km das áreas de gesso. O SGB explorou cerca de mil hectares com 500 Mt de recursos calcários.

O projeto foi pensado para abastecer o setor agrícola e terá capacidade para produzir calcário e gesso.

Projeto caulim do rio Capim (Pará)

O projeto de 10 mil hectares em Ipixuna do Pará corresponde a um bloco sul e um bloco norte. No bloco norte foram estimados 574 Mt de recursos, com 218 Mt no bloco sul.

Projeto de ouro Natividade (Tocantins)

O projeto de 3.930 hectares fica no sul do estado e foi explorado na década de 1990, incluindo mapeamento geológico, escavação de valas, amostragem de solo e três furos totalizando 420 metros, os quais interceptaram uma jazida primária de ouro, segundo o SGB.

Em 2018, os dados foram reinterpretados e indicaram recursos de 724.540 toneladas a 1,02g/t ouro.

Projeto diamantífero Santo Inácio (Bahia)

A área fica no centro-noroeste do estado, no distrito de Santo Inácio, município de Gentio do Ouro. O projeto abrange cinco áreas, totalizando 2.400 ha. O SGB realizou mapeamento geológico, levantamento topográfico, prospecção geofísica e mais de 7.000 metros de perfuração em 22 furos exploratórios, realizados entre 1985 e 1989.

Uma recente reavaliação do depósito identificou 245 Mt de minério com teor de 0,75 quilates por 100 t.

Projeto Fosfato de Miriri (Paraíba e Pernambuco)

As áreas estão nas regiões costeiras de ambos os estados. Nas pesquisas, o SGB encontrou potencial de 103 Mt de minério de fosfato em sete áreas totalizando 6.110 ha.