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Brasil corre risco de enfrentar gargalos na transmissão de energia, avaliam executivos

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Brasil corre risco de enfrentar gargalos na transmissão de energia, avaliam executivos

O Brasil corre risco de enfrentar gargalos na transmissão de energia devido ao grande volume de projetos de geração renovável que estão na fila para serem conectados, enquanto a paralisação no Ibama afeta o ritmo de licenciamento de novas linhas e subestações.   

O problema pode ser agravado na medida em que plantas de produção de hidrogênio verde, que são intensivas em energia, começarem a sair do papel.     

“Vamos viver um descasamento entre construção de usinas solares, eólicas e hidrogênio e linhas de transmissão”, disse Luis Alessandro Alves, diretor de expansão e implantação da Taesa, na quinta-feira, durante o encontro nacional dos agentes do setor elétrico Enase, no Rio de Janeiro. 

Camila Neves, líder de projetos da Fortescue – uma das empresas que assinaram memorandos de entendimento para investir em hidrogênio verde no Brasil – ressaltou que as cargas dessas plantas são extremamente altas, em média de 2GW. 

“Isso traz um novo desafio para o planejamento [do sistema de transmissão]”, afirmou Neves.

Renato Guimarães, coordenador de expansão e estudos da ISA CTEEP, citou ainda os datacenters como um fator que também pesará sobre o sistema.

“Estamos falando muito do hidrogênio, mas há os datacenters, que também consomem muita energia. Já estamos tendo que nos adaptar e nos preparar para essas novas cargas”, disse.  

Para ele, é preciso pensar em como aproveitar o sistema de transmissão existente, que, em certos momentos do dia, apresenta ociosidade.

Entre possíveis soluções para otimizar o sistema está o recondutoramento de linhas com cabos especiais, o que pode elevar em 50% sua capacidade de transmissão, sem necessidade de licenciamento ambiental. 

Thiago Dourado, superintendente de transmissão de energia da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), afirmou que, com as margens existentes, o sistema de transmissão pode absorver as cargas das primeiras fases dos projetos previstos, mas “para o médio prazo serão necessárias ampliações de rede”. 

Além do armazenamento de energia – como o bem-sucedido projeto da ISA CTEEP em Registro, no litoral sul de São Paulo –, a EPE recomenda a instalação de transformadores defasadores, que controlam a potência entre sistemas independentes.   

O Brasil realizou grandes leilões de transmissão de energia nos últimos anos, atraindo cerca de R$ 60 bilhões em investimentos na construção de mais de 17.000 km de linhas e 19.440 MVA em capacidade de transformação.  

Para setembro está prevista a realização do segundo leilão de 2024, com expectativa de atração de R$ 4 bilhões para construção de 848 km de linhas de transmissão e 1.750 MVA em capacidade de transformação.

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