Brasil e Alemanha promovem desenvolvimento do hidrogênio verde

Brasil e Alemanha estão trabalhando juntos para promover o desenvolvimento da indústria de hidrogênio verde e acelerar a transição energética.

Durante uma reunião realizada no início da semana, a Antaq, reguladora de hidrovias e portos do Brasil, e a agência de desenvolvimento alemã GIZ discutiram a cooperação relacionada ao hidrogênio verde e outras fontes de energia renovável, disse uma fonte próxima ao assunto à BNamericas.

O objetivo é garantir que o setor portuário brasileiro atraia mais investimentos voltados para o desenvolvimento de novas tecnologias verdes, incluindo aquelas relacionadas à geração de energia eólica offshore.

A GIZ cooperaria com a Antaq na adaptação da infraestrutura portuária para o hidrogênio verde.

A agência alemã diz ter recebido indicações de portos brasileiros de interesse em participar de projetos de hidrogênio verde.

Por sua vez, a Antaq estuda os termos dos contratos de concessão portuária para garantir práticas de incentivos financeiros e regulatórios para a adequação e desenvolvimento de infraestrutura sustentável e inovadora.

No Brasil, portos como Suape em Pernambuco, Pecém no Ceará, Açu no Rio de Janeiro e Rio Grande no Rio Grande do Sul estão envolvidos com empreendimentos de hidrogênio verde e/ou eólico offshore.

A alemã ThyssenKrupp Nucera, por sua vez, está fornecendo tecnologia de eletrólise para uma usina de hidrogênio verde de US$ 1,5 bilhão que está sendo construída na Bahia pela Unigel.

E na segunda-feira (13), o ministro de Minas e Energia do Brasil, Alexandre Silveira (foto, à direita) e o ministro federal alemão de Assuntos Econômicos e Ação Climática, Robert Habeck (à esquerda), assinaram um documento para promover a transição energética e reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

Entre as ações previstas no acordo de cooperação está o funcionamento de um comitê gestor de alto nível, além de três grupos de trabalho em energias renováveis, eficiência energética e hidrogênio verde.

Uma das ideias é realizar um leilão no Brasil, com contratação garantida pelo governo alemão, para o desenvolvimento de um programa de hidrogênio de baixo carbono para os dois governos.

No mesmo dia, o Senai, serviço de aprendizagem industrial do Brasil, e a federação alemã de associações de pesquisa industrial (AIF) anunciaram que selecionarão até 10 projetos envolvendo pequenas e médias empresas, startups e organizações de pesquisa e tecnologia para desenvolver tecnologias para produção de hidrogênio verde.

O financiamento total será de aproximadamente 21 milhões de reais (US$ 4 milhões).