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Brasil lança incentivos para impulsionar indústria local

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Brasil lança incentivos para impulsionar indústria local

O governo brasileiro revelou uma série de incentivos para impulsionar a indústria local e expandir a economia.

"Nós precisamos fazer uma política industrial ativa e altiva, competitiva, moderna, que leve em conta os avanços tecnológicos. Para ter um país forte, uma indústria forte, é preciso trabalhadores fortes, ganhando salários justos e podendo ser consumidores das coisas que produzem" declarou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao apresentar os incentivos na sede da Fiesp (na foto).

Como parte das iniciativas, o BNDES anunciou a redução de até 60% no spread da linha de crédito Exim Pré-Embarque, que financia a produção de bens para exportação.

Além disso, o banco obteve aprovação para usar R$ 20 bilhões (US$ 4 bi) nos próximos quatro anos para financiar iniciativas de inovação das indústrias locais, com uma taxa de juros anual de 1,7%. Em contraste, a taxa básica de juros Selic está atualmente em 13,75%.

“Espero que hoje seja uma data histórica de uma aliança estratégica para a defesa da indústria brasileira”, disse o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, em comunicado.

O governo também anunciou um corte no imposto sobre carros de até R$ 120 mil entre 1,5% e 10,96%.

O nível exato considerará a eficiência energética, entre outros critérios, como o impacto na cadeia produtiva e nos empregos.

"Carros mais baratos, com menor emissão de CO₂ e maior uso de autopeças e componentes nacionais serão mais estimulados", afirmou o governo em comunicado separado.

Os líderes industriais saudaram as medidas.

“Pela primeira vez estamos vendo a possibilidade de uma política que pode reanimar a indústria. Queremos que a indústria volte a ser 48% do PIB”, disse Robson Andrade, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Os incentivos vêm depois que o governo percebeu que o setor industrial está atrasado em comparação com outras áreas da economia.

Nos últimos dias, o Ministério da Fazenda aumentou sua projeção de crescimento para 2023 de 1,6% para 1,9%. No entanto, a produção industrial deverá crescer apenas 0,5%, enquanto o setor de serviços deverá crescer 1,3% e a agricultura 11%.

No entanto, os economistas veem efeitos colaterais dos anúncios recentes.

“Já vimos no passado que políticas de fortalecimento da indústria local, baseadas em subsídios governamentais, podem gerar resultados econômicos positivos no curto prazo, mas no longo prazo isto tem resultado em uma série de distorções, que impactam o lado fiscal do governo e gerar produtos ainda mais caros para a população", afirmou à BNamericas Luciano Rostagno, estrategista-chefe para América Latina do Banco Mizuho do Brasil.

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