Brasil planeja aumentar níveis de armazenamento em hidrelétricas

O Brasil pretende aumentar a média de armazenamento de água de suas usinas hidrelétricas, visando melhorar sua segurança energética.

Implementando um plano de recuperação de usinas hidrelétricas, o governo pretende atingir níveis médios de 47,1% e 65,1% entre 2023 e 2027.

De 2013 a 2022, a média registrada foi de 41%, 27 pontos percentuais menor em relação à média de 2003 a 2012.

A queda refletiu uma maior ocorrência de secas, inclusive a recorde em 2021.

O plano, atualmente em fase de consulta pública, contempla o investimento obrigatório de R$ 580 milhões por 10 anos, previsto na lei de privatizações da Eletrobras na recuperação das bacias dos rios São Francisco e Parnaíba e na área de influência das hidrelétricas de Furnas.

Prevê também a expansão da capacidade de transmissão de energia entre os subsistemas nacionais, o aprimoramento dos modelos computacionais utilizados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e a redução da demanda de carga líquida a ser atendida pelas usinas hidrelétricas, uma vez que a capacidade instalada baseada em outras fontes, como eólica e solar, cresce.

A energia hidrelétrica responde por cerca de 60%, ou 110 GW, da matriz elétrica do Brasil, considerando grandes, pequenas e mini centrais hidrelétricas.

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) espera que a capacidade hidrelétrica cresça para cerca de 124 GW até 2031, o que, até então, representará 45% da potência total de eletricidade.