Brisanet contrata Huawei para fornecer equipamentos 5G

A telco regional brasileira Brisanet, uma das novas participantes do mercado móvel do país, contratou a Huawei como sua fornecedora de 5G.

A Brisanet já desembolsou R$ 230 milhões (US$ 45,6 milhões) em março para o primeiro conjunto de estações rádio-base (antenas) do fornecedor chinês.

Esse valor é a maior parte do que a empresa planeja investir este ano, quando começar a operar nesta nova linha de negócios, informou a Brisanet no relatório trimestral de finanças.

A maior entre os provedores não nacionais de banda larga fixa, a Brisanet entrou no mercado móvel do Brasil após a aquisição de blocos de espectro regionais nas faixas de 2,3 GHz (para largura de banda de 50 MHz) e 3,5 GHz (80 MHz) em novembro, que garantiu à empresa cobertura em sua principal região, o Nordeste, bem como no Centro-Oeste.

O ISP disse anteriormente que planejava gastar R$ 2 bilhões em serviços 5G entre 2022 e 2026, com foco inicial na região Nordeste.

Em uma teleconferência, o CEO José Roberto Nogueira disse que a Brisanet pretende ativar a primeira rede 5G este ano.

No geral, o grupo diz que investirá cerca de R$ 1 bilhão em 2022.

A Brisanet encerrou o primeiro trimestre com 139 cidades atendidas, 5,1 milhões de casas passadas com fibra (após a adição de 641 mil no trimestre) e 909 mil casas conectadas, ou clientes com FTTH (um aumento de 66 mil).

A empresa prevê terminar o ano com mais de 1,2 milhão de clientes, mas destacou que a situação de inflação local e mundial e as dificuldades na cadeia de suprimentos, “se intensificadas”, podem afetar o valor final.

A Brisanet também informa ter cerca de 23.500 km de backbone de fibra e mais de 50 mil km de FTTH implantados no Brasil.

O grupo registrou lucro líquido de R$ 9,5 milhões no primeiro trimestre, revertendo um prejuízo líquido de R$ 7,2 milhões no mesmo período do ano passado. Suas vendas líquidas cresceram 32,1% em relação ao ano anterior, para R$ 217 milhões de janeiro a março.

O capex total, quando medido por adições ao ativo imobilizado e intangível, saltou para R$ 499 milhões, de R$ 151 milhões no primeiro trimestre de 2021, elevando a dívida líquida da empresa para R$ 628 milhões, ante R$ 74,6 milhões no final de 2021.