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Câmara de construção da Argentina declara ‘estado de emergência’

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Câmara de construção da Argentina declara ‘estado de emergência’

A câmara de construção da Argentina Camarco declarou “estado de emergência” nacional, depois que o novo governo restringiu os gastos com infraestrutura e à medida que o setor continua lidando com a inflação crescente e os atrasos nos pagamentos.

“O perigo de demissões em massa, redução da força de trabalho pela metade ou menos e falência de um número incontável de construtoras e seus fornecedores é iminente”, disse a Camarco em um comunicado publicado após uma reunião de emergência, acrescentando que o setor só suportaria mais “algumas semanas”.

Segundo a associação, até 200.000 empregos estariam em risco. A entidade alertou anteriormente que cerca de 3.500 projetos de obras públicas haviam sido interrompidos, enquanto uma fonte da Camarco revelou à BNamericas que alguns deles pararam de avançar depois que Javier Milei assumiu o cargo, em 10 de dezembro.

As empreiteiras já haviam reclamado de atrasos nos pagamentos, principalmente de projetos executados por governos provinciais, mas que tinham financiamento federal.

As transferências de impostos federais para as províncias caíram 9,5% durante janeiro em comparação com o mesmo mês de 2023, o quarto mês consecutivo de queda, de acordo com um relatório do CEPA, think tank de política econômica de Buenos Aires.

Enquanto isso, o custo dos materiais disparou no ano passado, com algumas províncias registrando inflação anual superior a 200% no setor de construção.

O Congresso está debatendo o amplo projeto de lei “ônibus” de Milei, que, entre outras coisas, permitiria ao governo renegociar ou rescindir qualquer contrato “que crie obrigações em nome do Estado”.

Milei, no entanto, foi forçado a eliminar alguns artigos do projeto de lei, entre eles um que teria aumentado os direitos de exportação agrícola, ao qual se opuseram legisladores e governadores provinciais.

O texto ainda estava em debate na Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (1º) e não se sabe ao certo se mais artigos serão eliminados para garantir sua aprovação ou se ele sofrerá modificações adicionais no Senado, já que Milei não tem maioria em nenhuma das câmaras.

O projeto de lei também permitiria a privatização de uma série de empresas estatais, inclusive aquelas que realizam licitações de obras públicas, como a empresa de abastecimento de água de Buenos Aires AYSA e a companhia ferroviária Trenes Argentinos.

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