Câmara de Mineração expressa ‘grande preocupação’ com a difícil situação da Cobre Panamá
A Câmara de Mineração do Panamá (Camipa) expressou a “grande preocupação” do setor diante do mais recente impasse que coloca em risco a mina Cobre Panamá, em função das restrições de carregamento de concentrado no porto de operação.
“Os mecanismos de negociação ou pressão não devem levar a situações que coloquem em risco a continuidade das operações da empresa, futuros investimentos no setor de mineração e outros setores do país, ou que prejudiquem as cadeias de valor e o emprego gerado pela mina”, declarou a Camipa em comunicado na quarta-feira (22).
“Neste último cenário, todos perdemos”, acrescentou a associação.
A Minera Panamá, subsidiária da First Quantum Minerals, suspendeu as operações de carregamento de concentrados no dia 6 de fevereiro no porto de Punta Rincón, após uma ordem da autoridade marítima AMP que exige a paralisação das atividades até que seja demonstrado que a empresa credenciada começou a certificar a calibragem das balanças.
A unidade da mineradora canadense disse em carta enviada esta semana à AMP que cumpriu as exigências de sua resolução e alertou que seria obrigada a fechar a mina de cobre caso o concentrado não fosse embarcado antes de atingir sua capacidade de armazenamento, no mais tardar à meia-noite de quinta-feira (23).
A Camipa destacou que quando o Panamá se recupera dos estragos causados pela pandemia de Covid-19, existe a preocupação com a possível suspensão das operações da Cobre Panamá ou que, caso não seja firmado um acordo entre as partes, serão geradas repercussões que não seria benéfico para o país.
“Esse novo cenário negativo representaria um enorme prejuízo adicional para os mais de 2 mil fornecedores nacionais, entre eles os filiados à Camipa, que faturam anualmente cerca de US$ 900 milhões para a Minera Panamá e pagam impostos, benefícios, salários, obrigações e serviços que deixariam de fazer parte do movimento econômico nacional”, afirmou a associação no comunicado.
As negociações sobre um novo contrato para as operações da mina começaram depois que a Corte Suprema do Panamá em 2018 que uma lei da década de 1990 sob a qual a concessão foi concedida era inconstitucional.
A câmara acrescentou que os mais de 7 mil empregos formais diretos na mina, bem como os mais de 40 mil empregos indiretos gerados pela cadeia produtiva, também seriam afetados pela paralisação das operações.
Da mesma forma, a Camipa alertou que tal resultado prejudicaria a confiança em futuros investimentos estrangeiros em mineração e outros setores econômicos importantes, bem como o grau de investimento do país.
“O setor privado e o Governo Nacional têm lutado para atrair e manter essa confiança em benefício de todo o país, e é oportuno colocar na mesa o fato já comprovado de que a mineração tem capacidade de contribuir enormemente para o desenvolvimento sustentável do país e das comunidades”, indicou.
“A única solução ganha-ganha para todos não é outra senão a assinatura de um contrato e para isso é claro que as partes devem fazer sacrifícios nas suas posições”, acrescentou.
Perante o eventual encerramento do porto mineiro ordenado pelo governo, a câmara fez um “chamado à reflexão para que sejam fomentadas as condições necessárias e razoáveis para que, através do diálogo e sem chegar a situações extremas de pressão, a assinatura de um acordo mutuamente acordo benéfico e a incerteza e a ansiedade geradas em nível nacional sejam eliminadas”.
O governo e a Minera Panamá retomaram as negociações por volta do Natal, depois que a empresa perdeu o prazo de 14 de dezembro para assinar um novo contrato operacional devido a divergências sobre o pagamento de royalties e impostos. No entanto, ainda não foi definida uma data para a assinatura do contrato ou para a implementação de um plano de cuidados e manutenção solicitado pelas autoridades.
A First Quantum relatou uma produção histórica de cobre de 350 mil toneladas da mina a céu aberto panamenha no ano passado, superando as 331 mil toneladas de 2021.
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