Candidata à presidência do México sugere risco de perder a oportunidade do nearshoring

A candidata da oposição à presidência do México, Xóchitl Gálvez, alertou que o país poderia “perder o nearshoring” se Claudia Sheinbaum, líder nas pesquisas e representante do partido Morena, do presidente Andrés Manuel López Obrador, vencer as eleições de 2 de junho.

“Estou dizendo com clareza, para que não haja dúvidas, mais seis anos de Morena e lá se vai o nearshoring”, disse Gálvez em uma convenção bancária realizada em Acapulco nesta sexta-feira (19).

O México se posicionou como um epicentro para a realocação de empresas, principalmente devido à sua proximidade e aos laços comerciais que mantém com seu principal parceiro comercial, os Estados Unidos. Ao todo, 73 investimentos do setor privado foram anunciados no México entre 1º de janeiro e 15 de março, ultrapassando a marca de US$ 31 bilhões, segundo a Secretaria de Economia.

No entanto, relatórios como o publicado no início deste mês pela Universidade de Georgetown apontam que os investidores enfrentaram desafios com questões como “incerteza política, falta de Estado de direito, insegurança e fornecimento de energia”.

“Sem a participação do setor privado em leilões abertos e competitivos, não haverá energia limpa e barata suficiente. Acordem, não vamos deixar passar a maior oportunidade de impulsionar nossa economia que tivemos em uma geração. É preciso perder o medo e ousar realizar, porque o mundo não vai esperar por nós”, declarou Gálvez.

A candidata propõe cinco fatores para aproveitar ao máximo o fenômeno do nearshoring: Estado de direito, energia limpa, abastecimento de água tratada e suficiente, educação para criar novos talentos e segurança em meio ao aumento da criminalidade dos cartéis.

Durante seu discurso na convenção, ela explicou que sua visão para o país envolve transformar o México em um país de classe média.

Para isso, Gálvez propôs:

1 – Um governo que seja fonte de certeza.

2 – Finanças públicas saudáveis.

3 – Um governo que proteja os cidadãos, e não os criminosos.

4 - Crescimento econômico e geração de empregos.

5 - Reativação das economias locais e apoio às PMEs e aos empreendedores.

6 – Infraestrutura.

7 – Programas sociais.

8 - Um governo aliado à prosperidade.