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Candidata da oposição mexicana define planos hídricos e de infraestrutura

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Candidata da oposição mexicana define planos hídricos e de infraestrutura

Xóchitl Gálvez, a candidata da oposição nas eleições presidenciais do México, definiu seus planos de saneamento e infraestrutura, caso saia vitoriosa na eleição de 2 de junho.

A candidata propõe que as empresas de construção do setor privado voltem a realizar projetos de infraestrutura, em vez de recorrerem às forças armadas, como preferiu fazer o governo do presidente Andrés Manuel López Obrador, bem como a utilização de água tratada para ajudar a resolver a escassez de água.

Durante a sua participação na 30ª Conferência de Construção organizada pela Câmara Mexicana de Construção (CMIC), Gálvez disse que criaria um departamento nacional de infraestrutura para planejar, supervisionar e avaliar as obras públicas de modo que possam ser realizadas de forma eficaz e eficiente.

“Nunca mais o dinheiro público será desperdiçado por improvisos, caprichos ou interferências presidenciais em obras de infraestrutura. A gestão deste escritório departamental será atribuída a um conselho formado por faculdades, escolas de engenharia, faculdades profissionais, membros de câmaras como a CMIC e legisladores responsáveis pela aprovação das iniciativas que apresentaremos”, declarou.

Gálvez também criticou o uso dos militares e da marinha para construir e/ou gerir grandes projetos de infraestrutura, como o trem Maya, o Corredor Interoceânico de Tehuantepec e diversos aeroportos.

“Eu apoio os engenheiros militares, mas agora parece que todos os projetos são classificados como sendo de segurança nacional. Eles fazem isso para não precisarem ter responsabilidade ou transparência no uso dos fundos públicos”, disse ela.

Segundo a candidata, que representará a coligação da oposição Frente Ampla por México, o país precisa investir 120 bilhões de pesos (US$ 7,1 bilhões) em projetos hídricos para enfrentar as secas e escassez de água que têm ocorrido em vários estados.

Entre os planos também está a promoção do uso de equipamentos domésticos que economizem água; a melhoria do sistema Cutzamala que abastece o vale do México, está localizada a capital; a modernização da estação de tratamento de água de Los Berros; a conclusão do projeto de abastecimento de água, na região de Laguna; e o desenvolvimento de projetos para abastecer os estados de Jalisco e Guanajuato, bem como o estado de Baja California.

“Haverá uma recarga em massa dos aquíferos do país com águas residuais tratadas […] investiremos fortemente no tratamento de água e modernizaremos as estações de tratamento de água que já não estão em funcionamento”, reforçou a candidata.

“Nossa proposta também inclui melhorar a eficiência do uso de água agrícola e tratar 80% das águas residuais produzidas no país.”

Ao contrário do que afirmou a também candidata e favorita ao posto Claudia Sheinbaum, Gálvez disse que não apoia a retomada do projeto de construção de um aeroporto internacional em Texcoco e que está analisando um plano para transformar a área em uma zona de armazenamento de água para abastecer a área metropolitana da Cidade do México.

Gálvez também prometeu reformar o aeroporto de Puerto Escondido, no estado de Oaxaca, e investir nos portos da península de Yucatán, especialmente no porto de Progreso, bem como construir um novo porto no estado de Colima e modernizar o porto de Mazatlán, ambos localizados na costa do Pacífico. Ela disse que também promoveria a reforma de hospitais e escolas, criaria um sistema de transporte público de massa no leste do estado do México, embora não tenha fornecido mais detalhes, e criaria um fundo nacional de mobilidade.

“Os municípios e os governos locais terão acesso a fundos que os permitirão estar em conformidade com a lei geral da mobilidade […] para oferecerem ciclovias seguras, calçadas acessíveis, infraestrutura rodoviária segura e infraestruturas para pedestres segura”, acrescentou ela.

Gálvez também criticou o fato de 80% dos contratos de infraestrutura durante a atual administração terem sido outorgados de forma direta e apenas 20% terem sido outorgados através de processos de licitação, sublinhando que o seu governo realizaria a maioria dos concursos online para evitar a corrupção.

“Vamos mudar isso e realizar 80% das licitações online. Não haverá mais suborno porque todos me disseram que a corrupção está pior do que nunca nos dias de hoje”, concluiu.

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