Candidata governista à presidência do México prevê Pemex mais limpa e com dívida menor

Uma semana após apresentar seu plano de geração e transmissão de energia, no valor de US$ 13,5 bilhões, Claudia Sheinbaum – candidata presidencial mexicana pelo partido Morena, do atual presidente Andrés Manuel López Obrador –, deu detalhes da sua visão para a estatal de petróleo e gás Pemex.

Durante sua participação em um evento organizado pelo Conselho das Américas na Cidade do México, na segunda-feira (22), a candidata comentou que a introdução de fontes renováveis na cogeração não é apenas fundamental para a empresa se alinhar aos seus objetivos com relação às mudanças climáticas, mas também para refinanciar a sua dívida.

A dívida da Pemex deverá atingir US$ 94,5 bilhões até ao final do ano, ante US$ 106 bilhões atualmente.

“Temos um plano para a Pemex, que é uma das questões que sei que alguns de vocês têm em mente, e tem a ver, obviamente, com o refinanciamento da dívida no longo prazo”, declarou Sheinbaum.

A apresentação da candidata – classificada pela chefe do conselho, Susan Segal, como “espetacular” –, pode ser acessada aqui (em espanhol).

Embora a ex-prefeita da Cidade do México tenha dito que um plano de 30 anos para cumprir os compromissos internacionais de energia limpa ainda está em elaboração, ela citou o plano de sustentabilidade que a empresa estatal revelou no final de março para reduzir suas emissões de gases de efeito estufa em 54% nos próximos seis anos e atingir zero emissões líquidas até 2050, entre outras medidas.

“Não só petróleo e gás, que é essencial, mas também permitir a entrada em outras fontes, fontes renováveis e cogeração, que permite também o refinanciamento da dívida”, disse Sheinbaum.

O plano segue a publicação de uma estratégia sustentável com opções criadas pela Standard & Poor’s como medida para ajudar a Pemex a melhorar a sua imagem ESG, particularmente junto às agências de classificação. Na publicação, a empresa incluiu dois modelos de negócios baseados no hidrogênio verde como opções de sustentabilidade de longo prazo, entre outras coisas.

A eleição presidencial será realizada em 2 de junho e o vencedor tomará posse em 1º de outubro.