Candidata mexicana da oposição apresenta plano de transmissão

A candidata presidencial mexicana Xóchitl Gálvez quer tornar a infraestrutura de transmissão uma prioridade energética, caso saia vitoriosa nas eleições de 2 de junho.

Durante a apresentação do seu programa de infraestrutura perante investidores na Cidade do México, na segunda-feira (22), a ex-senadora disse que utilizaria a estatal de energia CFE para modernizar a rede nacional de transmissão, visando acompanhar a crescente demanda.

Embora não tenha especificado projetos, Gálvez, que representa a oposição, disse que o norte, nordeste e oeste do país – regiões mais beneficiadas pelo boom do nearshoring – são as principais prioridades.

A candidata quer avançar na transição energética, após o governo do presidente Andrés Manuel López Obrador (AMLO), que assumiu o cargo em 2018, priorizar a produção e o consumo de combustíveis fósseis.

Até agora, ela prometeu construir 100 projetos renováveis, trazer de volta os leilões – para que o setor privado possa competir com a CFE no segmento de geração – e recuperar o marco jurídico implementado com as reformas energéticas de 2013, enfraquecido sob AMLO.

“Os leilões de energia elétrica serão retomados para reduzir o custo da energia e para que ela se torne cada vez mais limpa e, claro, mais barata”, declarou Gálvez.

Seu plano energético também envolve a setorização das regiões para fins de distribuição. Por exemplo, a capacidade solar instalada deveria ser priorizada para o norte, enquanto a eólica instalada seria utilizada para a região do istmo de Tehuantepec, entre os estados de Oaxaca e Veracruz e a área central do país.

O nordeste da península da Baja California produziria energia para a região e o potencial solar da península de Yucatán deveria beneficiar o interior do país.

“As licenças de geração que a lei permite serão concedidas às empresas que desejarem se encarregar do seu abastecimento. Não vamos atrapalhar as empresas. O que queremos é que as empresas cresçam, gerem empregos e paguem impostos. E enviem este dinheiro para cultura, saúde e educação”, acrescentou.

O próximo presidente tomará posse em 1º de outubro.