Capital de Porto Rico busca empreiteiras para construir projetos de infraestrutura com verba de US$ 300 milhões

San Juan, capital de Porto Rico, está em busca de empreiteiras para construir cerca de 200 projetos de infraestrutura com US$ 300 milhões em recursos federais.

Durante o último ano e meio, o governo teria lançado mais de 10 licitações que foram anuladas devido à falta de interessados, um problema que levou à suspensão dos projetos.

Entre eles estão a reforma de hospitais, incluindo o centro de diagnóstico e tratamento de Río Piedras, a modernização do estádio Hiram Bithorn, a construção de um parque e outras obras urbanas em Condado e Río Piedras.

Do valor total, US$ 136 milhões estão destinados a projetos esportivos e recreativos, enquanto US$ 79 milhões serão dedicados à infraestrutura de saúde e US$ 47 milhões à infraestrutura rodoviária, entre outros.

Se os recursos não forem utilizados, eles retornarão a Washington.

O prefeito Miguel Romero recorreu às construtoras e empreiteiras para que apoiem a execução dos projetos e disse que algumas licitações foram simplificadas e tiveram seus custos reduzidos. Duas etapas eliminadas dos processos são a exigência de ser listado como licitante no registro do governo e um pagamento de US$ 250 antes de apresentar propostas.

“As empreiteiras certamente se inclinarão para o projeto mais conveniente, e um projeto privado pagará mais. Por isso fizemos mudanças no processo, para atrair essas empresas”, explicou o diretor de urbanismo e desenvolvimento de projetos, Alberto Vázquez, ao diário El Nuevo Día.

Segundo Romero, outros obstáculos estão relacionados às regras de utilização de fundos da agência federal de gestão de emergências FEMA e aos recursos fornecidos pelo plano de resgate americano (ARPA).

A concorrência com outros municípios e com o governo central, que também tentam atrair empreiteiras, causa mais problemas.

“Há uma avalanche de projetos para os quais são necessários trabalhadores, e temos tentado corrigir isso. São necessários engenheiros, arquitetos, projetistas e outros trabalhadores da construção”, afirmou no relatório a presidente da associação de construtores, Vanessa de Mari-Monserrate.